“Eu quero saber se eu sou um animalzinho para comer no chão?”. A frase é da pequena Liliana Emmanuele, 9 anos de idade. A sentença busca sintetizar a atual situação da Escola Municipal João Sampaio. Há dois meses sem professores, as crianças reclamam não só da falta de aulas, mas como da ausência completa de infra-estrutura. O Alagoas 24 Horas esteve no local e pôde constatar que não há mesas, nem cadeiras no refeitório e na biblioteca, todos os livros estão mofando devido à umidade e amarrados em lotes.
“Eu quero saber se eu sou um animalzinho para comer no chão?”. A frase é da pequena Liliana Emmanuele, 9 anos de idade. A sentença busca sintetizar a atual situação da Escola Municipal João Sampaio. Há dois meses sem professores, as crianças reclamam não só da falta de aulas, mas como da ausência completa de infra-estrutura. O Alagoas 24 Horas esteve no local e pôde constatar que não há mesas, nem cadeiras no refeitório e na biblioteca, todos os livros estão mofando devido à umidade e amarrados em lotes.
“Nossa preocupação principal é com o futuro das nossas crianças. Queremos primeiro, que sejam resolvidas as questões imediatas como as aulas. Só está tendo aula da 1ª à 4ª séries porque quem leciona são os monitores, ou seja, estagiários. Nossas crianças não estão tendo acesso a profissionais adequados”, afirma o presidente da Associação de Moradores do João Sampaio (Amajosa), José Torquato.
Desde que começou a greve, os professores – segundo José Torquato – os desapareceram da escola e a administração municipal não presta esclarecimento sobre a situação do prédio. “Quando chove, os alunos não conseguem ficar na sala de aula devido às pingueiras”, disse o presidente da Amajosa.
Conforme Torquato, muitas crianças vão às escolas só para comer e depois voltam para casa porque não têm mais o que fazer. “Como se não bastasse, elas ainda comem no chão”. Pais, moradores e crianças fizeram uma lista de reivindicações para entregar à Secretaria Municipal de Educação. Entre elas constam – além de aulas – quadra de esportes, segurança, iluminação, móveis, material didático, dentre outras coisas.
Para a dona-de-casa Felina Caetano da Silva, 60, sua neta só está conseguindo assistir uma aula por semana. A estudante Débora Caetano, 8, confirma a versão da avó. “É horrível mandar seu filho para escola e vê-lo voltando para casa porque não há condições de aula e nem professores. A escola não possui segurança. Não há estrutura mínima para que as coisas funcionem. Queremos uma resposta urgente da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e da Prefeitura”, finaliza Felina Caetano.
A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação – Semed- informou que uma comissão formada por pais e alunos foi recebida pela direção da escola, para que as reivindicações sejam ouvidas e encaminhadas à Semed.
Ainda segundo informações do órgão, a Escola Municipal João Sampaio passou recentemente por uma reforma e as exigências dos pais e alunos dizem respeito a setores específicos, como sala de reuniões, entre outros.
Quanto ao reinício do ano letivo, a secretária interina de Educação, Betânia Toledo, aguarda a conclusão das negociações com o Sinteal- hoje à tarde haverá uma nova assembléia- para a retomada do ano letivo.