A Via Expressa é, na verdade, um pequeno trecho de 11,3 Km da BR-316 que corta a Grande Maceió. Originalmente, era para ser uma via de escoamento, não pertencendo – portanto – ao perímetro urbano, mesmo estando dentro deste. O fato é que o crescimento desordenado da cidade fez com que este trecho se tornasse uma preocupação constante para a Polícia Rodoviária Federal.
Motivos para preocupação redobrada não faltam. Conforme o inspetor Gibson Magalhães, 41 mil veículos transitam na Via Expressa por dia. Além disto, são 1.200 ciclistas que circulam em área não apropriada. O fluxo – segundo Magalhães – dobra no período da manhã e da tarde. Resultado: nos primeiros meses do ano foram 66 acidentes registrados. O que representa mais de 15% das ocorrências de trânsito nas áreas federais.
Como a Via Expressa adquiriu características de via urbana, devido ao crescimento desordenado, a PRF elaborou um projeto que será entregue ao Governo Federal solicitando a desfederalização. Caso o objetivo de Magalhães seja alcançado, uma das mais movimentadas ruas de Maceió vai passar a ter administração municipal ou estadual.
“Não posso saber se o governo optará por classificá-la como municipal ou estadual. É mais provável que aconteça o que ocorreu com a Fernandes Lima, que mesmo ainda sendo BR, pelo caráter urbano passou a ser municipal. A Via Expressa não vai deixar de ser BR, apenas mudaria a administração da estrada”, explica Magalhães.
A Via Expressa é considerada federal há pelo menos cinco anos. O inspetor Magalhães coloca que há um efetivo deslocado para um pequeno trecho da BR-316 que poderia estar em outro local. “São oito agentes que ficam na Via Expressa, com duas viaturas e duas motocicletas”.
De acordo com Magalhães, não há previsão para que ocorra a transferência de responsabilidade sobre a Via Expressa. “O interessante é que a partir da mudança a fiscalização sobre a via será transferida para outra esfera, o que é justo já que é uma área urbana, onde há conjuntos residenciais, casas de show e comércio. Fizemos um levantamento, com fotos e vídeos que também estamos enviando junto ao projeto”, finalizou o inspetor.