De acordo com a secretária municipal de Educação, Betânia Toledo, as outras reivindicações dos professores estão sendo discutidas pela prefeitura e, para atendê-las, será necessário algumas medidas de contenção de despesas na secretaria.
A prefeitura de Maceió atendeu hoje uma das reivindicações que motivou a greve na Educação por pouco mais de dois meses. No Diário Oficial do Município, foram publicadas 520 portarias referentes ao aumento da carga horária dos professores, de 20 para 25 horas.
A conquista da categoria contempla educadores de todos os níveis e está de acordo com o artigo 229, inciso II, da lei nº 5.547 de 26 de maio de 2006. As outras reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, Sinteal, são o pagamento do retroativo das cinco horas a mais trabalhadas e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras para a categoria.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Betânia Toledo, as outras reivindicações estão sendo discutidas pela prefeitura e, para atendê-las, será necessário algumas medidas de contenção de despesas na secretaria. “Vamos cortar as gratificações de alguns funcionários e democratizar a terceirização das merendas”, afirmou a secretária.
Ainda segundo Betânia Toledo, os valores das merendas com a terceirização comprometem o orçamento da secretaria e, por isso, será revisto o cardápio e adaptado à realidade de cada escola para diminuir os gastos. “Isso não implicará na diminuição da qualidade da alimentação das crianças”, ressaltou Betânia.
Essas reivindicações motivaram a categoria dos professores que pararam de dar aulas por pouco mais de 60 dias, voltando apenas no dia 10 de julho. Quando foi decidida a volta às aulas, os professores enfatizaram que não seria o fim da greve, mas uma “trégua”, até que a prefeitura cumprisse as reivindicações.
Com a greve, a maior ocorrida desde 1993 na rede municipal, cerca de 80 mil estudantes ficaram sem aulas. Os dias parados atrasará o calendário escolar do próximo ano, que tem previsão para iniciar em março de 2007.