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Candidatos ao governo entram com representação contra compra de votos

Os candidatos ao Governo de Alagoas, Gerson Guarines (PAN) e Elias Barros (PTN) se uniram para entrar com uma representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público Federal (MPF) e Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) cobrando maior vigilância quanto ao crime de compra de votos nas eleições majoritárias e proporcionais.

Alagoas 24 Horas

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Os candidatos ao Governo de Alagoas, Gerson Guarines (PAN) e Elias Barros (PTN) se uniram para entrar com uma representação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Ministério Público Federal (MPF) e Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) cobrando maior vigilância quanto ao crime de compra de votos nas eleições majoritárias e proporcionais.

Segundo Elias Barros, “uma vez que o TRE reconheceu publicamente que a periferia de Maceió está toda comprada, resta a nós, candidatos com menor poder econômico cobrar maior vigilância. Se o TRE sabe o mapa, é porque tem conhecimento de como se dá o processo. É preciso que as eleições ocorram de forma limpa, dando condições a todos. Mandato eletivo não pode ser comprado”.

O candidato Guarines concorda com o adversário político e diz que a ação conjunta é baseada nos fatos denunciados desde fevereiro deste ano. “Queremos que os órgãos trabalhem para punir os corruptores e os corrompidos, pois não se pode permitir um processo fraudulento que venha a favorecer de quem abusa economicamente do poder. A compra de votos é comprovada, já que muitas denúncias partem de dentro do próprio tribunal”, coloca o candidato do PAN.

Barros e Guarines explicam que no documento que enviaram aos órgãos constam denúncias vinculadas na imprensa local, e crimes que possuem ligação direta com pleito de 2006. “Juntamos declarações de juizes, documentos e notícias. É preciso que exista uma maior fiscalização, porque corremos o risco de perder espaço dentro da disputa por conta do abuso de poder. Não é um ato contra a candidatura de ninguém, mas sim pelo bem da disputa eleitoral. Que ela seja justa, limpa e transparente”, destaca Barros.

Os candidatos pedem maior investigação e dizem que caso não haja uma maior atuação nos órgãos estaduais, vão entrar com a mesma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Queremos liberdade para que o eleitor decida. Porque quem compra votos são bandidos. É estelionato eleitoral. Lugar de bandido é preso. Na cadeia”, diz Barros.

Além das investigações, Guarines – juntamente com o candidato do PAN – cobram notificações das entidades sociais, onde o TRE esclareça as punições cabíveis para quem vende ou negocia votos, presença das forças federais em todo o Estado de Alagoas, que o TRE aponte os responsáveis. “Iremos trabalhar na conscientização do eleitor, buscando coibir o abuso de poder econômico e a compra de votos”, finaliza Barros.

A revolta dos candidatos é tamanha que Guarines definiu o pleito deste ano como “uma guerra, onde não há democracia e sim hipocrisia por parte de muitos”. Segundo o candidato do PAN, Alagoas tem vivido em uma plutocracia: regime que prestigia os interesses econômicos. “Nós iremos até a última instância. Se não houve atitudes aqui buscaremos os órgãos federais, mas creio nas providências do TRE”, sentenciou.