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Consumo de energia cresce 3,1% no semestre

O consumo de energia elétrica cresceu 3,1% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 171.982 GWh, segundo dados divulgados hoje pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

O consumo de energia elétrica cresceu 3,1% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 171.982 GWh, segundo dados divulgados hoje pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Nas residências, o consumo aumentou um pouco acima da média, 3,5%. Mas nas indústrias a expansão foi de apenas 2%, abaixo, inclusive, da expansão da produção industrial, que atingiu 2,6% no período, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Impulsionada pelo programa ‘Lua para Todos’, a classe que mais aumentou seu consumo de energia foi aquela que inclui os consumidores rurais, além do poder público, a iluminação pública, registrando uma alta de 4,4%. Na classe comercial, o aumento do consumo foi de 4,3%.

Parte da alta no consumo de energia pode ser justificada pelo aumento da base de consumidores. Nos seis primeiros meses do ano foram registradas as ligações de 998 mil novos consumidores (cerca de 165 mil por mês), sendo 283 mil, na área rural, como parte do programa Luz para Todos, em que o governo subsidia as novas instalações.

Considerando apenas o mês de junho, no entanto, o crescimento foi menor, de 1,7%. O consumo industrial cresceu no mês apenas 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado, e no comércio, o consumo subiu 0,7%. A classe residencial registrou uma alta de 2,6% e os outros consumidores (incluindo os rurais), 3,8%.

Projeção

Apesar do crescimento menor do consumo entre abril e junho (média de 1,7%), a EPE, responsável pela análise dos dados, projeta uma expansão entre 4,4% e 5% para o mercado de energia elétrica neste ano, próximo ao verificado em 2005 (4,6%).

Segundo a EPE, o baixo desempenho nesses meses teria sido provocado por questões conjunturais, como temperaturas médias mais baixas, queda no ritmo de crescimento da produção industrial (de 4,6% no primeiro trimestre para 0,8% no segundo), entre outros fatores.

A expectativa da EPE é a de que a atividade industrial se intensifique no segundo semestre, elevando também o consumo de energia.