Categorias: Polícia

NCCO diz que Polícia não tem desempenho satisfatório em Alagoas

O juiz disse ainda que baixo desempenho da Polícia – quando não conclui inquéritos como o assassinato de Fernando Fidélis e de Cícero Belém – também prejudica a ação do NCCO, que tenta combater o crime organizado em Alagoas.

Alagoas24horas/Arquivo

juiz Diógenes Tenório decretou a prisão dos militares acusados de extermínio

O juiz Diógenes Tenório, do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) reconheceu, nesta tarde, que a Polícia não está agindo no Estado de Alagoas como deveria, por isso o Governo pediu o apoio da Polícia Federal na investigação de crimes de grande repercussão.

“Não foi apenas um pedido do Governo de intervenção federal. Foi a manifestação expressa do Governo para que a Polícia Federal participe efetivamente das investigações de alguns desses crimes, que são tidos até como emblemáticos com a complexidade que encerra as investigações ao ponto de não chegar a resultado algum, depois de alguns deles terem passado por três, quatro delegados”.

“Somente na ausência de um desempenho satisfatório é que viria, como veio, a decisão do Governo do Estado de pedir a intervenção da Polícia Federal nas investigações”, completou o magistrado.

O juiz disse ainda que baixo desempenho da Polícia – quando não conclui inquéritos como o assassinato de Fernando Fidélis e de Cícero Belém – também prejudica a ação do NCCO, que tenta combater o crime organizado em Alagoas.

De acordo com Diógenes Tenório, o desejo para que as investigações sejam retomadas motivou a entrega de documentos sobre os casos ao diretor-geral da Polícia Federal no Brasil, Paulo Lacerda, e ao ministro Márcio Thomaz Bastos.

Diógenes Tenório reforçou que as preocupações do Núcleo não são, somente, com os inquéritos, mas com o avanço do crime organizado, que amedronta a sociedade. “Nós estamos preocupados com a idéia do crime organizado enraizado no Estado de Alagoas”, concluiu.

Barenco

Sobre o desligamento do delegado Marcílio Barenco, primeiramente, das ações do Núcleo de Combate ao Crime Organizado e, mais recentemente da Delegacia de Rio Largo, o juiz Diógenes Tenório disse ainda não foi definido o substituto.

“A saída do delegado Barenco gerou muitas especulações com relação a quem o substituiria, mas o Núcleo não tem dificuldades, nós temos bons nomes na Polícia. O Cláudio Saraiva, que foi indicado pela Secretaria de Defesa Social, segundo informações, não teve tanto interesse, até porque se criou no nome dele uma série de polêmica, que gerou um certo descontentamento dele mesmo”, garantiu, acrescentando que o Núcleo não tinha nada contra ele.

“Mas é uma questão que a gente vai resolver”, garantiu o magistrado, referindo-se a reuniões do NCCO.

Leia também