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Repórter da TV Globo é libertado em SP

Um reencontro esperado com muita ansiedade pela família, pelos colegas de trabalho, por todos os profissionais de jornalismo e pela sociedade brasileira. Foram, afinal, 40 horas de expectativa e de sofrimento.

Globo/Divulgação

Guilherme Portanova foi seqüestrado na manhã de sábado

Um reencontro esperado com muita ansiedade pela família, pelos colegas de trabalho, por todos os profissionais de jornalismo e pela sociedade brasileira. Foram, afinal, 40 horas de expectativa e de sofrimento. O repórter Guilherme Portanova – seqüestrado desde a manhã de sábado – foi libertado de madrugada. Ele e o técnico Alexandre Calado haviam sido seqüestrados quando saíam de uma padaria na Zona Sul de São Paulo.

Para alívio de todos, Guilherme Portanova está bem. Ele sofreu uma contusão no ombro, ao ser colocado no porta-malas de um carro, mas já está se recuperando com a família. O pai e a mãe do repórter vieram de Porto Alegre para acompanhar o caso. Como os amigos e companheiros, receberam Guilherme de volta com muita emoção.

Camisa na mão e o alívio estampado no rosto – passava de 1h quando o repórter Guilherme Portanova chegou à sede da TV Globo em São Paulo. Ele recebeu o carinho dos colegas depois de um fim de semana de agonia.

Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado haviam sido seqüestrados na manhã de sábado quando deixavam uma padaria perto da emissora. À noite, Alexandre Calado foi libertado.

Os seqüestradores exigiram que a TV Globo exibisse um vídeo para soltar o repórter. A gravação trazida por Alexandre foi ao ar à meia-noite e meia. A libertação do jornalista Guilherme Portanova veio 24 horas depois.

O repórter foi deixado no bairro do Morumbi, a poucos quilômetros da TV Globo. Guilherme andou por dois quarteirões até encontrar um carro de uma empresa de segurança. O jornalista se identificou e pediu ajuda aos vigilantes para chegar à emissora.

Na redação, Guilherme Portanova encontrou os pais – que vieram do Rio Grande do Sul do país assim que souberam do seqüestro.

“Eu estou há dois dias sem conseguir me alimentar nem dormir. A emoção foi muito grande, agora que eu comecei a tremer”, afirma a mãe do repórter, Maria Elisabeth Lacerda de Azevedo.

“A única coisa que me passou foi que eu queria abraçar o meu filho e dizer eu te amo. Foi o que eu consegui dizer naquele primeiro momento”, conta o pai de Guilherme Portaneva, Milton Portanova.

Antes de ir descansar, Guilherme foi até a entrada da TV Globo falar com os jornalistas.

"Ninguém me agrediu. Estou bem de saúde, eu fui alimentado esse tempo todo", disse o jornalista.

Na saída, os colegas de profissão comemoraram a volta de Guilherme.

Guilherme está descansando com a família. Ele prestou um rápido depoimento à polícia, mas ainda vai voltar a ser ouvido.