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Folclorista é enterrado com honrarias no cemitério de São José

Grandes nomes da Cultura e do Folclore estiveram hoje no Museu Théo Brandão, onde foi velado o corpo do folclorista e professor Ranilson França. O enterro aconteceu, agora há pouco, no Cemitério de São José. O corpo chegou em uma viatura do Corpo de Bombeiros e antes do enterro, vários grupos do folclore alagoano homenagearam o professor.

Grandes nomes da Cultura e do Folclore estiveram hoje no Museu Théo Brandão, onde foi velado o corpo do folclorista e professor Ranilson França. Considerado um dos maiores especialistas em cultura popular do Estado, ele morreu nesta madrugada, aos 53 anos, no Hospital Unimed, onde estava internado para o tratamento de um câncer na medula.

O sepultamento estava marcado para as 15h, no Cemitério de São José, no bairro do Trapiche, mas aconteceu agora há pouco. O corpo chegou em uma viatura do Corpo de Bombeiros e antes do enterro, vários grupos do folclore alagoano homenagearam o professor.

“É uma perda precoce. Ranilson era um discípulo de Théo Brandão, Pedro Teixeira, e vinha fazendo um trabalho belíssimo, preservando e investindo muito no folclore alagoano”, disse Ana Dayse, reitora da Universidade Federal de Alagoas.

Para o padre Manoel Henrique, que conduziu a cerimônia do velório, o professor deixou uma grande herança e história em Alagoas. “Foi um carinho muito grande pela cultura e pelos pobres. Fica a sensação de que alguém tem que assumir essa herança. Fica uma dívida de realizar o que ele vinha fazendo”, enfatizou.

História

Ranilson França era funcionário da Secretaria Executiva Estadual de Educação quando, em dezembro de 1985, foi procurado pelos mestres Juvêncio Joaquim, da Chegança Cruzador São Paulo, de Rio Largo, Jorge Ferreira, do Guerreiro de Ponta Grossa, e Paulo Olegário, do Guerreiro do Tabuleiro, para tentar reverter o quadro de abandono a que a cultura popular estava sendo relegada à época.

Diante da necessidade urgente de preservar as manifestações populares, Ranilson França ajudou a fundar a Associação de Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal).

Atualmente, França era um dos mais respeitados pesquisadores da cultura popular alagoana e eterno discípulo de outro mestre, Théo Brandão, além de atuar como professor universitário e coordenador de ação cultural da Secretaria Executiva Estadual de Educação.

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