Outros dados do Estado de Alagoas indicam que aumentaram os índices de cheques fraudados em relação a 2005, enquanto os roubos proporcionalmente caíram.
Os pagamentos com cheques à vista cresceram no Brasil, no mês de julho, de acordo com o estudo feito pela Telecheque, empresa especializada na concessão de crédito.
A pesquisa mostra um aumento de 11,82% nas transações à vista, em comparação com as realizadas em julho de 2005. Nesse período, do volume total movimentado com cheques, os pagamentos para compensação imediata representaram 27,74% dos efetuados. Já em julho de 2006, as compras com cheques à vista chegam a representar 31,02% do montante total.
"O mercado passou por uma mudança brusca com relação aos prazos de pagamento no último ano. O varejo incrementou as ofertas com parcelamentos a perder de vista, e isso contribuiu para que o consumidor se endividassse e perdesse o controle de sua real situação financeira. A atual redução dos prazos nas compras com cheques demonstra que o consumidor está um pouco mais cauteloso e preocupado em não assumir dívidas muito longas, principalmente com a proximidade das compras de final de ano", explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque.
Os pagamentos com cheques pré-datados caíram 1,47% no país na comparação mensal e 4,53% na anual. O índice de pré-datados em julho de 2006 foi de 68,98%.
O Estado que apresentou maior percentual de cheques à vista foi Alagoas, com índice de 62,25%. O Estado registrou crescimento desse tipo de transação de 6,30% em relação a junho (58,56%) e de 79,39% no comparativo com julho do ano passado (34,70%). Alagoas também foi o Estado que apresentou maior aumento das transações pré-datadas quando se compara julho deste ano com o mesmo período de 2005.
Outros dados do Estado de Alagoas indicam que aumentaram os índices de cheques fraudados em relação a 2005, enquanto os roubos proporcionalmente caíram.
A forma preferida dos fraudadores é a impressão de cópias em alta qualidade de cheques verdadeiros, falsificação mais difícil de identificar do que rasuras ou outros tipos de fraude. O custo aos comerciantes de dispositivos de segurança específicos para esse golpe, segundo Praxedes, é de R$ 60 por mês.
Os Estados que mais preocupam, pelo volume de fraudes, são Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, mas, das 19 unidades federativas computadas pela pesquisa (não estão incluídos Distrito Federal, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins, Piauí e Mato Grosso do Sul), os maiores crescimentos em relação a 2005 foram no Espírito Santo (1.000%) e em Alagoas (800%), regiões os níveis de fraude eram próximos de zero em 2005. Depois vêm Rio de Janeiro (367%) e São Paulo (344%).
Com informações da IG e da Folha