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Justiça determina prisão do deputado Luiz Pedro

O desembargador Orlando Manso determinou, nesta tarde, a prisão do deputado estadual cabo Luiz Pedro (PMN), acusado de formação de quadrilha, seqüestro e cárcere privado.

O desembargador Orlando Manso determinou, nesta tarde, a prisão do deputado estadual cabo Luiz Pedro (PMN), acusado de formação de quadrilha, seqüestro e cárcere privado.

O pedido de prisão foi feito pelo procurador-geral do Ministério Público, Coaracy Fonseca, que denunciou o deputado na Justiça, na semana passada, e alertou a sociedade sobre o crime organizado em Alagoas.

Segundo a assessoria do desembargador, a decisão foi monocrática porque foi pedido a prisão em flagrante e, por isso, a decisão não precisou ser analisado pelo pleno do Tribunal de Justiça.

A assessoria explicou ainda que o deputado não teve direito a foro privilegiado pelo tipo de crime que é acusado e que, há cerca de duas horas, o coronel Ronaldo, secretário de Justiça e Defesa Social, foi chamado para cumprir o mandado de prisão.

Denúncia

De acordo com os promotores do Ministério Público que investigam o caso, há cinco volumes, com provas bem fundamentadas, que mostram o envolvimento do deputado com o seqüestro de Carlos Roberto Rocha Santos, ocorrido no dia 12 de agosto de 2004.

“O crime aconteceu há dois anos atrás e o corpo não foi encontrado até hoje. Temos suspeitas de que ele esteja enterrado em São Luiz do Quitunde”. “Se o corpo for encontrado, o deputado vai responder também por homicídio”, explicou o procurador, em uma entrevista coletiva, realizada ontem.

O caso teve maior repercussão depois do atentado, sofrido por uma testemunha-chave do caso, Luciano Vagner Rocha Lima, no último final de semana. A vítima foi baleada em União dos Palmares.

“Nós vivemos um momento peculiar, em relação a crimes políticos, em todo o Brasil. Aqui atuam grupos de extermínio. No sábado, o atentado significa que a quadrilha continua ativa, atuando e seqüestrando”, afirmou Coaracy Fonseca.

A promotora Marluce Falcão disse ainda que cinco testemunhas estão protegidas no Serviço de Proteção a Testemunhas e que o maior indício contra o deputado são provas testemunhais, de pessoas que presenciaram os crimes.

“A prisão vai ajudar nas investigações porque as testemunhas estão com medo. A denúncia já foi encaminhada ao Tribunal de Justiça e o deputado será comunicado oficialmente para que faça a defesa”, finalizou o procurador.