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Brasileiro cria mouse ocular para tetraplégicos

Um mouse diferente, destinado a permitir que tetraplégicos e portadores de outras deficiências musculares naveguem na Internet e escrevam textos apenas usando o movimento dos olhos, começará a ser vendido no Brasil em novembro.

Um mouse diferente, destinado a permitir que tetraplégicos e portadores de outras deficiências musculares naveguem na Internet e escrevam textos apenas usando o movimento dos olhos, começará a ser vendido no Brasil em novembro. É o "mouse ocular", um sistema que captura e codifica digitalmente os movimentos do globo ocular e os transforma em comandos de um programa.

O produto, exibido durante a terceira edição da Feira Internacional de Amazôniza, em Manaus, tem o tamanho de um cartão de crédito e vai custar em torno de R$ 150. O mouse ocular pode ser instalado em qualquer PC compatível com uma conexão serial tipo RS-232, Windows e um navegador para a Internet.

O mouse ocular é uma criação do engenheiro eletrônico Manuel Cardoso, que o desenvolveu com recursos próprios em 1993. Seis anos depois, a Fundação Desembargador Paulo Feitoza, em Manaus, assumiu o projeto, cuja patente detém, e investiu nele em torno de R$ 1 milhão.

O mouse já está em uso, em pequena escala, no Hospital das Clínicas em São Paulo, no Hospital Pedro Ernesto no Rio de Janeiro e no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (Paraná). Segundo seu criador, o mouse não tem contra-indicações e pode ser utilizado por pessoas que sofram de cerca de 40 patologias, que vão de derrames à paralisia cerebral.