Categorias: Crônica

Domingo é dia de futebol

Manhã de sol discreto, temperatura amena, ventinho leve soprando na camisa do atleta que com o pé em cima da bola espera o apito do primeiro toque. São momentos de ansiedade de um começo de partida em que a energia do espectador se irradia pro gramado; e no campo cria-se um clima gostoso de expectativa do desenrolar da partida.

Manhã de sol discreto, temperatura amena, ventinho leve soprando na camisa do atleta que com o pé em cima da bola espera o apito do primeiro toque. São momentos de ansiedade de um começo de partida em que a energia do espectador se irradia pro gramado; e no campo cria-se um clima gostoso de expectativa do desenrolar da partida.

A torcida eufórica se enfeita com bandeiras, em meio à rapaziada de bermuda, camiseta solta e boné. As garotas de short que circulam no estádio jogam charme ao ambiente, e tiram por um momento nossos olhos do gramado para olharmos para suas belezas naturais, que por vezes nos faz perder um lance legal da partida com essas inevitáveis paqueradas.

Mas tudo é festa, tudo é emoção, porque é o momento do futebol e queremos mesmo é gritar pelo gol. Gritar nossas alegrias e até tristezas; vibrar com as equipes em campo e mostrar nossa alma de brasileiro que não se entrega e sacode a poeira e dar a volta por cima.

Enquanto não acontece a terceiras guerra mundial, o futebol vai tocando a vida de nosso país; e o povo vai a campo e não ta nem aí pra guerra urbana, mensalão, corrupção e pagamento da dívida externa.

A gente não tem noção dessa força estranha do futebol; que foi inventado pelo inglês, reinventado pelo brasileiro, e no bom sentido, é contagiante e até com fanatismo em qualquer lugar do mundo. Observe-se que a torcida dessa nossa sociedade de massas, já não é mais aquela do passado, daquele jeito ingênuo de participar da partida. Hoje em dia se o poder público não é rigoroso, acontece até alguns atos de violência.

Antigamente quando acontecia violência em um jogo era por parte das equipes. Atualmente se inverteu um pouco este quadro; as equipes estão controladas com mais rigor pela arbitragem, e a torcida que era ingênua anda partindo pra pancada. Mas a violência nos estádios tem outras causas; e com certeza não parte do futebol em si, mas, de algo mais profundo, da própria vida urbana fora do estádio. Porque futebol é paz, é amor, é emoção e não faz o menor sentido agressões. Faz sentido sofrer e até chorar quando o time do coração perde.

No final do segundo tempo a torcida e as equipes se comportam de acordo com o resultado do jogo. No empate há um certo orgulho de ambas as partes, mas pode haver também insatisfações porque o que se quer mesmo é ganhar o jogo. Quando se perde o torcedor sofre, porém, conforma-se, porque ele sabe que isso faz parte do jogo, sabe que quando se ri na vitória alguém tem que chorar na derrota.

A imprensa por fim, abrilhanta o espetáculo para quem está no campo ou em casa. Agora confesso que bom mesmo é está em campo sentindo com todos os sentidos o panorama esportivo; seja chupando um rolete de cana, tomando um refrigerante ou uma cerveja, a brindar o domingo junto com os irmãos; porque este dia Deus criou mesmo foi para o futebol.

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