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Eduardo é a ROCHA que ainda segura o Galo de pé

A situação é crítica; desgastante; estressante e acabou virando uma bola de neve. O time que chegou ao tão sonhado G 4 e somou nove partidas sem derrota, acabou caiu do céu e entrando nas profundezas da agonia, numa longa viagem iniciada no dia 26 de agosto, quando o CRB perdeu por 1 x 0 para o Remo, em Belém, e chegou à beira do abismo no último sábado, quando perdeu por 2 x 0 para o São Raimundo, em Manaus.

Eduardo Rocha se diz só para resolver os problemas do Galo

A situação é crítica; desgastante; estressante e acabou virando uma bola de neve.

O time que chegou ao tão sonhado G 4 e somou nove partidas sem derrota, acabou caiu do céu e entrando nas profundezas da agonia, numa longa viagem iniciada no dia 26 de agosto, quando o CRB perdeu por 1 x 0 para o Remo, em Belém, e chegou à beira do abismo no último sábado, quando perdeu por 2 x 0 para o São Raimundo, em Manaus.

Neste intervalo de tempo o CRB jogou seis vezes – empatou uma e perdeu cinco – e conseguiu apenas um ponto em 18 disputados. Quando tudo ia bem o treinador era o “melhor” e o elenco “perfeito”. Como tudo que vai bem, muitas vezes dispensa reparos, talvez esse tenha sido o grande erro.

Os capítulos

É bom lembrar que, quando o CRB ia bem, havia atraso de salário; o treinador era o mesmo e o elenco também. Para quem não sabe, tudo começou com uma declaração “infeliz” do meia Junior Amorim, até então grande ídolo da torcida, sobre atraso de salários.

A informação chegou à imprensa e criou uma série de especulações. No decorrer dos dias Junior Amorim foi punido por faltar ao treino – ele não atuaria no jogo seguinte por ter sido expulso – e foi visto jogando futevôlei na Ponta Verde. O meia foi punido e ameaçado de dispensa.

Nos dias seguintes o item salário voltou à pauta e o atacante Bebeto passou a ser a bola da vez nas polêmicas. Comentou-se, nos bastidores, que um grupo de jogadores não estaria satisfeito com a postura de Bebeto, tachado de “cara preta”.

A verdade é que o CRB se perdeu no meio do caminho pela falta de algo simples, num relacionamento coletivo: o diálogo.

Agora, com a corda apertando o pescoço do Galo, eis que todos resolveram se unir. Uns em favor de Cavalo; outros por Junior Amorim, a exemplo do próprio Roberto Cavalo, que parou o treino desta tarde para homenagear o meia pela atuação e vontade mostrada no último jogo e no treino de hoje.

A luz

Ele é vice-diretor financeiro do CRB; mas passou a ser o assessor de comunicação, o porta voz à imprensa e o homem responsável para trazer a paz de volta à Pajuçara. Em meio a tantos problemas, no mais recente – a briga do presidente José Cabral com Elder Pereira, coordenador Administrativo – foi Eduardo quem colocou ordem na casa.

Esta tarde, após o treino do Galo, para o jogo de amanhã, contra o Vila Nova, às 20h30, no Rei Pelé, a crônica esportiva abordou Eduardo Rocha, no que acabou virando uma entrevista coletiva. Entre suas respostas Eduardo acabou desabafando que se sente só. “Eu queria mais uns dez Eduardo por aqui”.

A renúncia de Cabral

Quanto às polêmicas declarações do presidente José Cabral, que até chamou o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAL), Raimundo Soares, de moleque, e afirmou que não assinaria a contratação do atacante Gilson Sergipano nem com as mãos amarradas, Eduardo foi enfático: “Cabral não renunciou. Ele estava de cabeça quente e nós conversamos com ele, que é uma pessoa responsável e vai permanecer até que o presidente Celso retorne.

Sobre a polêmica com o supervisor Elder Pereira, Eduardo justificou: “É o clima de intranqüilidade. Eu só acho que a gente deveria resolver a situação dentro da mesa de reunião e não com a imprensa. O CRB é maior que Celso Luiz, Elder Pereira, José Cabral e Eduardo Rocha”.

A saída de Cavalo

Por causa dos últimos resultados Eduardo Rocha chegou a afirmar que, em caso de nova derrota, a comissão técnica seria afastada, juntamente com alguns jogadores. O Alagoas24horas noticiou, em primeira mão, que a diretoria do Galo manteve contato com Valdir Espinosa.

“É claro que cinco derrotas seguidas e apenas um empate deixam qualquer treinador numa situação complicada. Mas posso afirmar que o professor Cavalo é um ótimo profissional e uma figura humana de um valor inestimável. Infelizmente treinador vive de resultado. Quanto à contratação de outro treinador isso deve ter vazado de alguém que não foi daqui, mas é mérito da imprensa, de divulgar esses furos. Mas ainda não é hora de falar sobre isso. Vamos esperar o jogo de amanhã”, argumentou Eduardo.

Nilson Sergipano

Na entrevista, Eduardo Rocha confirmou a regularização do atacante Nilson Sergipano, um dos motivos da polêmica envolvendo o presidente José Cabral. “Eu cheguei a apostar com o Gustavo Feijó, que é procurador do Nilson, que ele não regularia o jogador a tempo, porque as transações internacionais demoram muito. Mas a documentação já foi para a CBF, de avião, e uma pessoa está esperando no aeroporto justamente para encaminhar à CBF, ainda hoje”, afirmou.

Salários

Quanto ao assunto dinheiro, Eduardo Rocha confirmou que todos os 20 jogadores relacionados para o jogo de amanhã, estão com os salários em dia. “Estamos em débito com alguns jogadores e o pessoal administrativo, mas acredito que ainda nesta semana a situação vai estar resolvida”, afirmou.

Jogos do Universal

Fechando o ciclo de problemas da semana, os jogos do Universal, time do empresário Gustavo Feijó. Os jogos na Pajuçara foram contestados pelo presidente José Cabral. A atitude do presidente foi desaprovada pela diretoria e José Cabral acabou atirando para todos os lados e, hoje, levou o contra-ataque de Elder Pereira.

O impasse foi resolvido graças à intervenção de Eduardo Rocha. Cabral, que havia renunciado, continua no cargo; o Universal, que não jogaria no Severiano Gomes Filho, permanece com o mando de campo; Nilson Sergipano, que na opinião de Cabral não deveria nem circular pela Pajuçara, está contratado, com a assinatura de Cabral, que nem precisou ter as mãos amarradas.

Ele é o cara

É bem verdade que em todo lugar é preciso alguém com a mão de ferro. Como o CRB não tem essa pessoa, Eduardo usou o sobrenome e caiu como uma ROCHA para dar um basta, pelo menos até o jogo de amanhã. Até lá, está tudo zerado. Basta um gol para que o Galo amanheça cantado e encantando o torcedor regatiano, que tem prestigiado e apoiado o time em todos os momentos.