Val do Agenor, o secretário de Turismo de Roteiro, José Cláudio Benedito da Silva, o Bené e o suplente de vereador, José Francisco Gomes, o Vaqueiro foram assassinados por quatro homens.
O delegado de São Miguel dos Campos, Antônio Carlos Lessa, deve ouvir nesta sexta-feira, pela manhã, o depoimento do ex-prefeito de Roteiro, Vladimir Brito.
O ex-prefeito renunciou ao cargo 55 dias depois da posse, alegando motivos pessoais. Com a renúncia, assumiu o vice, Edvaldo Ribeiro, o Val do Agenor (PMDB), que foi assassinado em uma emboscada no último dia 18.
Val do Agenor, o secretário de Turismo de Roteiro, José Cláudio Benedito da Silva, o Bené e o suplente de vereador, José Francisco Gomes, o Vaqueiro foram assassinados por quatro homens.
A chacina ocorreu num canavial próximo a cidade de São Miguel dos Campos e apenas duas pessoas escaparam com vida, Edmilson Nicolau dos Santos, o Sibite, e o assessor do prefeito, Kenedy Tenório Domingos, 29, que se fingiu de morto e foi encaminhado para a Unidade de Emergência Armando Lages, com um tiro no rosto e outro no ombro.
Os dois foram os primeiros a serem ouvidos pelo delegado Antônio Carlos Lessa. “Agora eles estão em um local resguardado e, se for necessário, serão ouvidos novamente”, afirmou.
Nesta manhã, mais três pessoas foram ouvidas pelo delegado – todas funcionárias da prefeitura. “Amanhã iremos ouvir o ex-prefeito e saber informações sobre possíveis problemas políticos da prefeitura. Ainda estamos procurando a motivação do crime”, explicou Carlos Lessa.
Com a morte de Edvaldo, quem assumiu o cargo de prefeito de Roteiro é o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Damião Amãncio, mas no dia 3 de dezembro, o Tribunal Regional Eleitoral realizará outra eleição no município para eleger quem terminará o mandato do prefeito.
O laudo sobre a chacina de Roteiro foi divulgado ontem pelo diretor do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, Kleber Tenório.
De acordo com o laudo, pelo menos três pessoas participaram da ação criminosa que vitimou o prefeito do município Edvaldo Ribeiro, o secretário de Turismo e Esportes, Benedito Cláudio da Silva, e o suplente de vereador, José Francisco Ramos, o Vaqueiro.
O laudo aponta que, antes de ser atingido com o tiro fatal da espingarda de calibre 12, o prefeito teria sido alvejado com dois tiros (um na mão e outro na boca, que atingiu o cérebro); o terceiro disparo foi o da 12, que acertou a nuca de Val do Agenor. Os legistas diagnosticaram que o prefeito foi atingido de perto, o que indica que ele era o alvo principal do crime.
Já Bené, foi alvejado com um tiro de espingarda 12, na cabeça; Vaqueiro foi atingido com um tiro de revólver, no antebraço direito, que acabou perfurando os pulmões. Segundo o diretor do IML, Vaqueiro morreu por hemorragia e teria sobrevivido se o socorro tivesse sido mais rápido.
O delegado que investiga o caso diz que não recebeu o laudo oficialmente. “O laudo não pode ser conclusivo, só vai mostrar como eles foram atingidos”, finalizou Carlos Lessa.