O candidato do PTB ao Governo de Alagoas, João Lyra, voltou a faltar aos debates promovidos por emissoras alagoanas e novamente foi o centro das atenções dos adversários. Desta vez, Lyra dividiu as atenções e as cadeiras vazias com Eudo Freire (PSDC) e André Paiva (PRTB), já que estes também não compareceram.
O candidato do PTB ao Governo de Alagoas, João Lyra, voltou a faltar aos debates promovidos por emissoras alagoanas e novamente foi o centro das atenções dos adversários. Desta vez, Lyra dividiu as atenções e as cadeiras vazias com Eudo Freire (PSDC) e André Paiva (PRTB), já que estes também não compareceram.
O debate foi promovido pelas Rádios Correio e CBN e mediado pelo radialista Gilson Gonçalves. Dividido em seis blocos, iniciado com a pergunta “Por que o senhor(a) deseja ser governador(a) de Alagoas”, o objetivo, conforme Gonçalves, foi ajudar os eleitores a decidir os votos de forma consciente.
O senador licenciado Teotonio Vilela Filho (PSDB) voltou a criticar a ausência de João Lyra. “Ele não vem porque não tem propostas concretas, nem tem como explicar o envolvimento dele com denúncias de crimes de mando, a campanha milionária em Roraima e como fez para sumir com o processo que apura a morte de um militar. É necessário que o senhor João Lyra esclareça estes pontos”.
Conforme a equipe coordenadora do debate, Lyra alegou um compromisso de campanha. Paiva e Freire sequer esclareceram o motivo das ausências. Os candidatos centraram seus programas de governo em três pilares básicos durante o debate: Geração de emprego e renda, Educação e Segurança.
O discurso mais forte foi de Ricardo Barbosa (PSol) que voltou a atacar “as oligarquias sucroalcooleiras”. “É preciso que o próximo governador tenha pulso firme para cobrar as dívidas dos usineiros e os benefícios, ao invés de acordos que lesam ainda mais o Estado, como tem feito todos os governos que passaram. O governo do PSol é o único que terá coragem para fazer isto”, destacou.
Téo Vilela se defendeu das acusações de Barbosa, alegando que sempre foi contra o acordo dos usineiros e que herdou apenas 15% de uma usina, enquanto João Lyra possui oito. “Cobrarei sim o que é devido e agirei de acordo com a lei, caso eu seja eleito governador de Alagoas. Os jornais da época atestam a minha posição em relação a este acordo. Fui contra e sou reconhecido por votar sistematicamente em favor dos trabalhadores”.
Já o candidato Gerson Guarines (PAN) também culpou o setor sucroalcooleiro pelo atraso em Alagoas. “Foram 30 anos de oligarquias e depois 20 de pseudosocialismo. Só o PAN é a verdadeira mudança para romper com o modelo econômico vigente e investir em educação, saúde e segurança. Alagoas é rico, mas anda para trás”.
A defesa de um novo modelo econômico também foi ponto de pauta de Lenilda Lima (PT): “Precisamos de um modelo que reverta o que aí está, desconcentrando renda. O que sempre acontece no sistema excludente imposto pelas usinas de cana-de-açucar em Alagoas”.