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FBI entrega relatório sobre os dólares do dossiê

A Polícia Federal espera para amanhã documentos do FBI sobre os dólares que seriam utilizados por petistas na compra de um dossiê contra políticos tucanos. Fontes da PF que participam das investigações voltaram a afirmar hoje que a origem dos dólares --US$ 248 mil-- deve ser identificada antes dos reais --R$ 1,168 milhão.

A Polícia Federal espera para amanhã documentos do FBI sobre os dólares que seriam utilizados por petistas na compra de um dossiê contra políticos tucanos. Fontes da PF que participam das investigações voltaram a afirmar hoje que a origem dos dólares –US$ 248 mil– deve ser identificada antes dos reais –R$ 1,168 milhão.

O dinheiro foi encontrado com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha no último dia 15, num hotel em São Paulo. Gedimar trabalhava no comitê nacional da campanha do presidente Lula à reeleição e Valdebran é empresário no Mato Grosso ligado ao PT.

A PF trabalha com duas hipóteses. Se o FBI indicar que o dinheiro saiu do Banco Central americano direto para o sistema financeiro brasileiro será mais fácil rastrear os recursos. Mas se partiu do Banco Central americano para bancos dos Estados Unidos e somente depois entrou no Brasil, as investigações devem ser mais complicadas. Neste último caso, a PF terá que acionar o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).

O prefeito de Paracambi (RJ), André Ceciliano (PT), também será investigado. O "Jornal do Brasil" informou hoje que ele pode ser o "André" citado no depoimento de Gedimar Passos como a pessoa que entregou o dinheiro para a compra do dossiê –R$ 1,7 milhão. Chegou-se a especular que o "André" citado nos depoimentos dos envolvidos como um funcionário do Ministério do Trabalho. Fontes da PF informaram que o delegado já teria pedido ao Coaf para investigar as movimentações financeiras do prefeito. O prefeito nega o envolvimento no episódio.

Fitas e telefonemas

A PF também continua analisando os 31 DVDs com imagens da movimentação dos hóspedes no hotel Ibis, de São Paulo, onde foram presos Gedimar e Valdebran. Eles iriam comprar o dossiê que envolveria os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin com a máfia das ambulâncias. A PF também avalia os registros telefônicos do quarto em que os dois estavam hospedados para saber se há mais pessoas envolvidas no episódio.