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Curtas premiados são exibidos no Sesc Centro

Dois vencedores do Kikito estão entre os quatro curtas-metragens paraibanos que compõem a programação desse sábado no Teatro Jofre Soares, no Sesc Centro.

Dois vencedores do Kikito estão entre os quatro curtas-metragens paraibanos que compõem a programação desse sábado no Teatro Jofre Soares, no Sesc Centro. As exibições, que começam às 15h30, serão promovidas pelo Cineclube Antes Arte do que Tarde e fazem parte de um circuito de divulgação de documentários e curtas, realizado semanalmente.

Um dos cinemas mais produtivos da região Nordeste, o da Paraíba, traz amanhã ao público alagoano os premiados filmes Passadouro (Torquato Joel, 8 min.), A Canga (Marcus Vilar, 12 min.), Terra de Morada (Durval Leal Filho, 14 min.) e A Sintomática Narrativa de Constantivo (Carlos Dowling, 23 min.). Destaque para os dois primeiros que conquistaram o prêmio de melhor filme no Festival de Gramado (28ª e 29ª edição, respectivamente). Eles tiveram também a direção de fotografia assinada por Walter Carvalho.

Sinopse

Em Passadouro, o cineasta Torquato Joel trata sobre os ciclos de ocupação humana em um lugar, através das mudanças de hábitos e costumes. O filme tenta resgatar valores e costumes do sertão nordestino que estão se perdendo rapidamente com a chegada de novas tecnologias. Já em A Canga, pertubador curta de Marcus Vilar, homem obriga a família a colocar nas costas a canga (utensílio usado em cavalos ou bois) para arar a terra. Final surpreendente.

Depois de ser despedido do emprego de apregoador da bolsa de valores, Constantino firma residência num supermercado, pretendendo "consumir sem ser consumido". Este é o enredo do curta-metragem A Sintomática Narrativa de Constantino, do cineasta Carlos Dowling. "Constantino é um cara que tanta desmecanizar as pessoas, em um ambiente como o supermercado, e descobrir nessas pessoas aquilo que elas têm de bom, como ele está descobrindo nele também", explica Vinícius Rodrigues, ator que interpretou o protagonista dessa irônica fábula.

Encerra o ciclo de filmes paraibanos o documentário Terra de Morada de Durval Leal Filho, que recentemente assinou a produção do documentário A História Brasileira da Infâmia – Parte Um, do vencedor do DocTv em Alagoas Werner Sales. Durval aborda a temática dos povos que sobrevivem há centenas de anos nos cariris velhos da Paraíba. Voltando depois para a situação atual, no assentamento da fazenda Santa Catarina, em que 453 famílias continuam plantando entre pedras e cultivando hábitos ancestrais.

O cinema paraibano ganhou forte impulso com a parceria formada nas décadas de 70 e 80 entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) com a Aliança Francesa, em que foi promovido um intercâmbio entre os realizadores. Foi a terceira geração de cineastas, depois dos consagrados diretores das décadas de 50 e 60, com a presença de Linduarte Noronha, autor do clássico curta-metragem “Aruanda”. Essa força do audiovisual na Paraíba foi concretizada com a criação do Núcleo de Audiovisual na UFPB.

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