O agente da Polícia Federal, Marco Antônio Gomes, explicou que o procesdimento, a partir de agora, é ouvir os eleitores e agir para arrecadar provas contundentes do crime. “Estamos levando o pessoal para depor na sede da PF e vamos agir no sentido de arrecadar provas. A partir de amanhã, já estaremos trabalhando com vigor no caso”, explicou.
Cerca de 50 pessoas, que dizem ser eleitores do candidato a deputado estadual Antônio Holanda Costa Júnior (PTdoB), estiveram na noite desta sexta-feira no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para entregar uma série de documentos, entre eles, cópias de títulos, identidades e comprovantes de residência, além de cartões com os números de candidatos e lista de eleitores cadastrados.
A revolta dos eleitores era pelo fato de não terem recebido o dinheiro do voto, que segundo eles, foram vendidos durante a campanha. De acordo com os eleitores, em sua maioria do Bom Parto, o candidato teria oferecido R$50 pelo voto nos candidatos da chapa contida no cartão.
“O combinado era que eles pagassem R$50 reais para votarmos nos candidatos indicados. Nos levamos os documentos, nos comprometemos com os votos e depois das eleições, no domingo, quando fomos procurar os candidatos, recebemos a informação de que não iríamos receber. Por isso, estamos aqui trazendo os documentos para denuciar à justiça”, afirma Maria José do Nascimento, uma das moradoras do Bom Parto.
Caso semelhante ao dela, está sendo vivenciado por cerca de 800 pessoas do bairro. A informação é de outro eleitor, José Manuel da Silva, que disse não ter medo de ser punido pela justiça por vender o voto, mas não quis comentar o fato deles estarem sendo incitados pelo primeiro suplente da coligação, Carlos Cavalcante.
As deúncias foram acolhidas pelo presidente do TRE, José Fernando Lima Sousa, Fernando Tourinho que afirmou ter ciência da situação, tendo em vista as denúncias feitas durante o processo eleitoral. “Nós recebemos denúncias antes e durante as eleições, sobre o caso. A situação põe em evidência algumas pessoas, embora a maior concentração esteja sobre Antônio Holanda júnior. Só em Bebedouro quase mil pessoas foram relacionadas. Destas, algumas recebaram integralmente, outras parcialmente algumas não receberam”, conta o desembargador.
Ele informa que já havia pedido a colaboração da Polícia Fedaral no caso, mas que precisava de provas concretas, como as que foram apresentadas hoje. “Achei por bem comunicar a PF e pedir o apoio a Secretaria de Defesa Social, para realizar a total arrecadação do material apresentado pelos eleitores. Agora o caso fica à cabo da PF, que vai interrogar o pessoal e determinar a conclusão do processo”, disse Tourinho.
Quanto a punição, o desembargador explica que fica a cargo da PF. “A Polícia Federal vai estabelecer a punição, caso fique comprovado o crime eleitoral. Não podemos descartar a punição dos responsáveis, como também não podemos dizer que eles perderão o direito de serem diplomados”, ressaltou o desembargador.
Quanto aos eleitores que venderam o voto, não estarão livres da reclusão, baseado na Lei 999/95 de juizados especiais e criminais, considerada uma pena gravosa.
O agente da Polícia Federal, Marco Antônio Gomes, explicou que o procesdimento, a partir de agora, é ouvir os eleitores e agir para arrecadar provas contundentes do crime. “Estamos levando o pessoal para depor na sede da PF e vamos agir no sentido de arrecadar provas. A partir de amanhã, já estaremos trabalhando com vigor no caso”, explicou.
O vereador Dudu Holanda (PTB), irmão de Antônio Holanda, confirmou ao Alagoas 24 Horas que esse incidente foi provocado por Carlos Cavalcante, o primeiro suplente da coligação.
"Isso foi uma jogada política, do assessor de Carlos Cavalcante, João Nogueira, para ficar com a vaga que foi conquistada com trabalhos prestados em Maceió e no interior", explicou.
Dudu Holanda disse ainda que o seu irmão está viajando, mas que ele está tomando todas as providências para impedir problemas com o grupo que está protestando.