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Encontro resgata tradição dos contadores de histórias em Maceió

O encontro teve a participação dos melhores contadores de histórias do Estado de Alagoas – vindos de Maceió, Palmeira dos Índios e de Piaçabuçu – e de dois profissionais da área, que vieram de São Paulo e de Fortaleza.

Alagoas24horas

Almir Mota cativa crianças e adultos com histórias criativas bem interpretadas

A magia da fantasia, dos contos e das lendas foi resgatada no 1º Encontro de Contadores de Histórias, que reuniu crianças e adultos no Teatro Jofre Soares, no Sesc Centro.

O encontro teve a participação dos melhores contadores de histórias do Estado de Alagoas – vindos de Maceió, Palmeira dos Índios e de Piaçabuçu – e de dois profissionais da área, que vieram de São Paulo e de Fortaleza.

“São pessoas sem instrução, que às vezes não cursaram o primário completo, mas que possuem um dom para contar histórias. Também tivemos a participação de estudantes e contadores de história profissionais, como Almir Mota, que veio de Fortaleza e deu um curso para 60 pessoas interessadas nessa arte, em Maceió”, explicou a técnica em Literatura do Sesc, Nadja Rocha.

O encontro foi voltado, principalmente, para crianças de escolas públicas, de instituições filantrópicas ou que estão em grupos de risco, como as que são atendidas pelo Programa Mesa Brasil, do Sesc.

“Contar histórias é uma arte milenar, que precisa ser resgatada e promovida para despertar a memória afetiva das pessoas que ouviram histórias na infância”, disse Nadja Rocha, que acredita que o encontro pode passar a importância da história em ambientes familiar e escolar.

Outro objetivo da reunião de contadores de histórias em Maceió, foi propiciar o despertar para a leitura, principalmente para as crianças que foram ao Teatro Sesc Jofre Soares, no Sesc Centro.

O evento foi aberto na quinta-feira e contou com debates, rodas de prosa, contação de histórias e exibições de filmes. Hoje, pela manhã, houve uma marotana de histórias, onde todos os grupos estiveram reunidos para mergulhar no mundo da imaginação da história oral.

No auditório, crianças, pais e jovens escutavam, com entusiasmo e prazer, as histórias contadas pelos ‘profissionais’ da arte.

Tradição

A arte de contar histórias existe desde os tempos mais remotos da história da humanidade. Nas culturas tradicionais, essa forma de comunicação sempre teve o papel de armazenar, difundir e eternizar os conhecimentos e valores encontrados em relatos míticos, como contos e lendas.

Estas histórias são transmitidas de geração em geração, através da oralidade, mas nos últimos séculos, os contos foram assimilados à cultura infantil. Ao mesmo tempo tornou-se alvo de investigação de pesquisadores, a exemplo dos Irmãos Grimm, que coletaram e estudaram esses materiais, permitindo que chegassem até nossos dias.

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