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O amigo Álvaro Tojal

Tive o privilégio de sua companhia por 20 anos, dois meses e 10 dias numa convivência leal, pura, harmônica e respeitosa. Momentos bons, de diversão, de alegria - e de tristeza também - de batente, de labuta.

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Cabeça de homem, coração de menino. Assim é a definição do nosso querido jornalista e radialista, Álvaro Tojal, que neste dia 11 de outubro de 2006, celebra-se um ano que nos deixou para outra dimensão de vida.

O fatídico 11 de outubro de 2005, indubitavelmente nos pegou de surpresa com uma notícia extremamente lamentável: A ida extemporânea de nosso convívio, do querido “Alvinho”, como era tratado carinhosamente por todos, vítima de um acidente automobilístico em rodovia alagoana.

Já se passaram 365 dias, e a dor da saudade é ainda muito intensa. Familiares e amigos, ainda perplexos, não conseguem absorver o tão indesejado momento da passagem deste plano de vida para o outro, um tanto desconhecido.

Ainda estamos tristes, sim. Mas consolados por saber que Tojal, nesta outra dimensão de vida, está semeando a paz e trasmitindo, com ou sem microfone, alegria com aquela maneira singular de Álvaro Tojal de ser.

Um ser humano de um coração desprovido de maldade, de rancor, de deslealdade. Tojal era sim, um coração recheado de solidariedade, de compaixão, de amor, de uma bondade natural.

Tive o privilégio de sua companhia por 20 anos, dois meses e 10 dias numa convivência leal, pura, harmônica e respeitosa. Momentos bons, de diversão, de alegria – e de tristeza também – de batente, de labuta.

Não contabilizo quantas viagens, a passeios e a trabalho. Quantas peripécias no seu jeito maroto de ser, bricalhão, gozador, bonachão. Onde quer que estivesse, a festa estava feita, independente do dia ou da hora. Era um notívago por opção, um vascaíno de coração, um comunicador por vocação.

Quantos 04 de fevereiro (data de aniversário) comemoramos juntos com suas gargalhadas, com suas brincadeiras, com sua animação. Fã incondicional do rei Roberto Carlos, também era apaixonado pela MPB de Zé Ramalho, de Fagner, Milton Nascimento… Viveu, sim, seus 43 anos intensamente, como poucos.

Álvaro tojal era um craque. Era bom na fala, com sua eloquência verbal, com seu timbre de voz inconfundível, bom no texto, nas colocações, na insistência de um bom repórter, um verdadeiro comunicador e domínio fácil em todos os temas : na arte, na política, no esporte, na cultura…

Não conseguia enxergar defeitos nos colegas, apenas virtudes. Deixou nosso convívio sem deixar qualquer inimigo ou adversário. Era um conciliador, democrata, prestativo e solidário.

Com sua verve, relacionou-se facilmente com todas facções, tribos, raças, torcidas, agremiações. Deixou sua marca indelével na família, na comunicação e na sociedade. Evidentemente, Álvaro Tojal já está confortável ao lado do Senhor, numa posição privilegiada, num lugar reservado especialmente para ele. E nós, aqui na terra, apenas nos resta o conforto de Deus por essa perda irreparável.

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