Entre os problemas, estão desnutrição e hipertensão, além de dificuldade no atendimento com índios gestantes e idosos.
Lideranças indígenas dos Estados de Alagoas e Sergipe estão reunidas, neste momento, na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com o coordenador regional, Roosivelt Patriota. O encontro é realizado desde o fim da manhã, para discutir problemas ligados à saúde dos índios.
De acordo com Hector Emílio, uma das lideranças de Sergipe, a saúde de gestantes e idosos inspira cuidados, além dos índios sofrerem com problemas relacionados à desnutrição e hipertensão. “Precisamos de melhor atendimento para os índios dentro das aldeias e fora delas. O grande problema é que a Funasa diz que o governo federal concede verbas para oito mil índios, mas existem, no mínimo, 20 mil, em Alagoas e Sergipe”, explicou.
Sobre a ocupação de cerca de 200 índios, na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), o grupo espera um posicionamento do administrador da Funai, de Brasília. “Hoje o índio reivindica seus direitos, respeitando as pessoas, mas ele não é respeitado em área nenhuma. Queremos saber das terras emergenciais, até porque a falta de terras gera muitos conflitos internos entre os índios”, afirmou Emílio.
A ocupação foi feita na noite de ontem e participam do ato índios de Alagoas e Sergipe. Os índios reivindicam entre os pontos, agilidade nos processos de demarcação de terra, a saída do administrador da Funai, em Maceió, José Heleno de Souza, mais cestas básicas e a colocação de posto indígena dentro das terras dos índios.
A assessoria da Funai, em Brasília, informou que o administrador da regional de Maceió está a caminho de Brasília para uma reunião com o presidente do órgão, Mércio Pereira Gomes. José Heleno de Souza deve levar ao presidente da Funai uma carta com as reivindicações dos índios.