Cavalcante foi transferido após ter sofrido uma tentativa de homicídio no Centro de Reeducação da Polícia Militar, em Abreu e Lima.
O ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante retornou, nesta manhã, para Alagoas. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça (TJ-AL), desembargador Estácio Gama, Cavalcante foi transferido após ter sofrido uma tentativa de homicídio no Centro de Reeducação da Polícia Militar, em Abreu e Lima.
Cavalcante está no Presídio Baldomero Cavalcanti, onde deve ficar até que os juízes do Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO), decidam para onde encaminhá-lo. “Eu designei os juizes do NCCO para ficarem à frente da situação e vamos providenciar a transferência para um local seguro, em princípio fora de Alagoas, mas os juizes é que vão decidir”, disse Estácio Gama.
No dia 6 de setembro o ex-tenente-coronel foi internado após ser espancado por seis detentos de um dos pavilhões do Centro de Observação de Triagem Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Cavalcante chegou a ser levado ao Hospital da Restauração de Recife.
Na época o major Benjamim Veloso, diretor do presídio, alegou que o espancamento de Cavalcante não tinha nenhuma relação com vingança ou queima de arquivo.
Cavalcante já esteve detido no Baldomero, de onde saiu no dia 25 de janeiro de 2005, por medida de segurança. A transferência para uma unidade prisional fora do Estado aconteceu porque a cúpula da segurança pública alagoana descobriu um suposto plano para matar juízes responsáveis por sua condenação. Segundo investigações, mesmo estando preso, o ex-militar ainda comandaria o crime organizado no Estado.
O ex-militar foi preso em 1997, acusado de chefiar a “gangue fardada”, além de vários crimes, entre eles receptação de veículos roubados e pistolagem.
Cavalcante cumpria pena em Pernambuco por decisão do juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu.