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Duas salas de cinema fecharão em Maceió

O sistema de lojas do Shopping Cidade – um dos três maiores shoppings de Maceió – será modificado no ano que vem. Essa é a única certeza da direção do empreendimento, que funciona há oito anos em Maceió.

Duas, das sete salas de cinema existentes em Maceió fecharão as portas. As salas são do Shopping Cidade, que têm capacidade para 351 pessoas, e são muito queridas, principalmente pelos amantes do cinema de arte.

De acordo com o diretor do Cine Cidade, Fabrício Oliveira, a decisão foi tomada no início deste ano, por dificuldades em manter o volume de investimentos necessários para atrair o público. “O negócio de cinema em Maceió é extremamente deficitário; as salas não são compatíveis com o mercado de hoje”, afirmou Fabrício Oliveira.

Os cinemas foram abertos ao público há dois anos e atende a crianças, jovens e adultos. “Há muita dificuldade de conseguir filmes para Maceió e, quando conseguimos, nem sempre o retorno é o esperado”, explicou.

Oliveira também conta que, há dois anos, o ingresso era 20% mais barato em determinados horários e o faturamento era 20 a 30% mais do que hoje. “Independente de qualquer futuro do Shopping Cidade, o Cine Cidade não continua”, finalizou.

Shopping Cidade

O sistema de lojas do Shopping Cidade – um dos três maiores shoppings de Maceió – será modificado no ano que vem. Essa é a única certeza da direção do empreendimento, que funciona há oito anos em Maceió.

Com cerca de 50 lojas e duas salas de cinema, o Shopping Cidade deixou de ser um empreendimento rentável e passará por uma reestruturação. Atualmente, cerca de 250 pessoas são empregadas diretamente no local, que ainda gera empregos indiretos.

“O negócio com pequenas lojas não deu certo para os empreendedores do shopping pela falta de retorno. Agora há negociação de parcerias; ainda não sabemos como será a mudança, mas as possibilidades são infinitas”, disse Fabrício Oliveira, que também é gerente-geral do shopping.

Hoje, alguns lojistas receberam comunicados, para que a situação fosse resolvida conforme os procedimentos jurídicos. “Cada loja tem um determinado tipo de contrato. Hoje, praticamente nenhum lojista tem contrato com o shopping, os contratos venceram e não foram renovados. Mas cada comunicado teve formato e foi específico para resolver as questões jurídicas com os lojistas”, explicou Oliveira.

O gerente negou a falência do shopping, mas comunicou que o modelo será modificado e, como há negociações, ainda não pode anunciar como funcionará o empreendimento a partir do ano que vem.