A dualidade do Estado de Alagoas mostra bons números no turismo, mas a falta de estrutura para atender os novos visitantes.
A foto, tirada pelo internauta Zionan Cavalcanti e enviada a equipe da agência de notícias Alagoas 24 Horas, mostra a dualidade do Estado de Alagoas.
Os bons números revelam o potencial na área de Turismo – no feriado de 7 de setembro e no de 12 de outubro, os hotéis registram uma média de 90% de capacidade – no entanto, a infra-estrutura da cidade ainda não está preparada para receber os turistas, como mostra a foto. O flagrante foi feito na rua Deputado Luiz Gonzaga Coutinho, no bairro de Jatiúca, e, para piorar a cena, o destino do esgoto era a praia.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria Executiva de Turismo, a partir de dezembro, o Estado receberá dois vôos charters semanais vindos da Finlândia e do Chile (um de cada); três que vêm do interior de São Paulo – das cidades de Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Bauru; três de Minas Gerais e mais um do Rio Grande do Sul.
Além dos novos charters, Alagoas já recebe dois vôos semanais de Portugal, dois da Itália e um grande número de visitantes da Argentina. No mercado interno, São Paulo é o principal mercado emissor, seguido de Minas Gerais e Pernambuco.
Com essa movimentação e o incremento dos vôos internacionais e nacionais a partir de dezembro, a estimativa é de que a ocupação hoteleira atinja mais de 90% na alta temporada – em 2005, a média de ocupação foi de 70% e até julho deste ano chegou a 75%.
Mesmo com as belas obras do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares e do Centro Cultural e de Convenções no Jaraguá, que sedia eventos de grande porte na capital alagoana, o Estado ainda necessita da infra-estrutura básica, como é o caso do saneamento básico.
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2005 (PNAD), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado aparece como o terceiro do Brasil com menor número de residências que possuem rede coletora de esgoto ou fossa séptica; atrás apenas de Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Comparados ao ano de 2004, os números cresceram 114% – de 105 mil para 232 mil – mas apenas 30,5% das residências do Estado têm esse serviço básico.
Outros dois pontos desse mesmo item também apresentaram crescimento – abastecimento de água (de 62,4% dos domicílios para 64,1%) e coleta de lixo (de 71,3% para 71,8%) – mesmo assim possuem dados abaixo da média dos outros estados.
Em relação aos outros estados, o abastecimento de água em Alagoas é o quinto pior do país e a coleta de lixo é a sétima pior.