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O que toda mulher precisa saber para ser feliz

Em apenas três tópicos, Nelma sintetizou o que prejudica e pode mudar a vida das mulheres. O primeiro deles é a auto-estima – “a mulher deve começar a escolher os próprios caminhos e a auto-estima é fundamental”, ressaltou.

Alagoas24horas

Nelma Penteado é consultora e ministra palestras de auto-ajuda há 14 anos

As mudanças do século XXI aumentaram as responsabilidades da mulher moderna. Hoje, além de ser mãe e dona de casa, ela se preocupa com a vida profissional, sem deixar de ser vaidosa.

Para a consultora Nelma Penteado, todas essas responsabilidades tem deixado a mulher confusa, com muitas informações e sem prioridades. Na palestra realizada nesta tarde, no Centro Cultural e de Convenções, no bairro do Jaraguá, ela tentou ensinar o segredo da felicidade às mulheres alagoanas.

Em apenas três tópicos, Nelma sintetizou o que prejudica e pode mudar a vida das mulheres. O primeiro deles é a auto-estima – “a mulher deve começar a escolher os próprios caminhos e a auto-estima é fundamental”, ressaltou. Na palestra, ela deu vários exemplos de como a auto-aceitação pode transformar a vida das pessoas.

“Eu trabalhei durante um tempo na ala de queimados de um hospital e as pacientes pintavam e bordavam. Tinham namorados até mais bonitos que os das enfermeiras; elas eram muito felizes. Não era o corpo, era a alma”, contou, acrescentando que, quem faz escolhas pequenas tem vidas pequenas – o importante é aceitar o que tem antes de almejar outras coisas.

O segundo tópico é saber aproveitar o tempo. “A mulher se preocupa em ser mãe, em trabalhar, cuidar da casa e com o próprio corpo. Hoje ela acha que precisa ter tempo para tudo, mas não é assim. Ela precisa aproveitar melhor o tempo para cada coisa. Ontem, por exemplo, meu filho não queria que eu viesse trabalhar, mas eu adoro o que faço e por isso não me culpo. Mas também, amanhã ninguém me acha; aproveitarei meu tempo livre ao lado da família e deixarei o trabalho de lado”, afirmou.

O outro aspecto que pode transformar a vida da mulher é o alto astral. “A mulher canaliza muito os sentimentos e passa para os filhos, o marido e todos que estão ao redor dela. Ela precisa ter um bom astral para mudar todo esse círculo vicioso de mal estar”, alertou.

Aos homens, ela também deixa recados: "A mulher conquistou o mercado de trabalho, mas ela não deixou de ser mãe e dona de casa. Tem homens que dividem o trabalho com a mulher, mas isso é raro. Se os homens soubessem dividir essa carga, a relação seria melhor para todos – que mulher não gosta de receber ajuda do marido? Isso faz com que todas elas valorizem mais a relação".

O caminho para uma vida feliz não é simples, mas – como vivenciou a própria palestrante – depende da força de vontade. "Eu era muito triste, até um dia em que eu decidi mudar e viver melhor. Foi então que as pessoas me perguntavam e pediam conselhos. Depois disso, eu comecei com as palestras", revelou Nelma.

Mulheres de Sucesso

Em Maceió, Nelma Penteado ministrou uma palestra no evento Mulheres de Sucesso, o primeiro encontro voltado para mulheres em Alagoas. O encontro tem a participação de cerca de 400 mulheres e termina amanhã.

A organizadora do evento, Adriana Tenório, diz que o encontro é inovador e segue para Fortaleza e outros estados do nordeste no próximo ano. “Muitos eventos existentes são coorporativos e voltados, principalmente, para os homens. Esse é voltado para a mulher, que já decide as coisas e tem poder de compra para tomar as decisões. Mas com tanta responsabilidade, ela ainda precisa aprender a conciliar tudo isso”, explicou Tenório.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, o Brasil tinha 86,3 milhões de mulheres que, representavam boa parte da força de trabalho no país; acumulavam tarefas e passaram a chefiar um maior número de domicílios (24,9%).

O aumento da chefia entre as mulheres refletiu diretamente no rendimento familiar, cuja contribuição feminina cresceu quase 56% no último Censo. Na comparação com os homens, as mulheres chefiavam domicílios com melhores condições de saneamento básico; eram mais escolarizadas; viviam mais e representavam a maior parcela entre a população idosa no país.