A medida beneficia o setor sucroalcooleiro, que havia apresentado o pedido para o aumento da mistura de álcool na gasolina. Com a alteração na fórmula, o consumo de álcool deve crescer.
O governo federal decidiu aumentar de 20% para 23% o percentual de álcool que é misturado na gasolina.
A medida, confirmada pelo Ministério da Agricultura, entra em vigor em 20 de novembro e foi decidida durante reunião do Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool), que contou hoje com a presença da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
A medida beneficia o setor sucroalcooleiro, que havia apresentado o pedido para o aumento da mistura de álcool na gasolina. Com a alteração na fórmula, o consumo de álcool deve crescer.
O governo decidiu atender a reivindicação do setor porque acredita que o estoque brasileiro de álcool, de 5,1 bilhões de litros, será suficiente para atender a demanda. Além do estoque alto, o governo lembra que a safra da cana-de-açúcar ainda não terminou.
Em tese, a medida tem potencial para provocar uma redução leve no preço da gasolina, já que álcool é mais barato e estará presente na fórmula em maior quantidade. A redução, entretanto, deve ser mínima.
Por outro lado, há também a possibilidade de que o aumento da demanda por álcool leve ao reajuste dos preços desse combustíveil.
A última vez que o governo havia mexido na fórmula da gasolina havia sido em fevereiro. Nessa época, entretanto, a mistura de álcool caiu de 25% para 20% com o intuito de conter a forte alta registrada pelos preços do álcool na entressafra.
Desde junho, entretanto, o setor sucroalcooleiro já pressionava o governo a retomar os 25%.
Encerrada a eleição, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo cedeu à reivindicação dos usineiros, mas decidiu por um percentual intermediário, de 23%.