Maceió sedia um workshop internacional na área de co-produtos da cana. Especialistas do Brasil e mais sete países estão reunidos na capital alagoana, para a troca de experiências.
Palestras são traduzidas simultaneamente para participantes do workshop
O Estado de Alagoas está em uma boa fase, no que se refere ao setor sucro alcooleiro. A estimativa da safra da cana-de-açúcar, no período 2005/2006 é que a produção chegue a 25 milhões de toneladas, 10% a mais do que o registrado na última safra.
Outra novidade é que Maceió sedia um workshop internacional na área de co-produtos da cana. Especialistas do Brasil e mais sete países estão reunidos na capital alagoana, para a troca de experiências.
O encontro, promovido pela Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (Stab, regional Leste), começou ontem à noite e acontece até a próxima quinta-feira, no Hotel Matsubara.
“É um intercâmbio científico para a troca de experiências na área de co-produção da cana, como o álcool e a vinhaça; as palestras são sobre o melhor aproveitamento deles, na produção de energia, alimentação animal e na produção de gás”, explicou o presidente da Stab Leste, Cândido Mota.
As palestras são feitas em Português ou Inglês e traduzidas simultaneamente para os participantes. Na quarta-feira pela manhã, o grupo visita a Usina Caeté, onde verão a aplicação da vinhaça no campo. Pela tarde, está marcada uma visita ao terminal açucareiro no Jaraguá e, na quinta-feira pela manhã, o grupo irá a Usina Coruripe, para ver como é produzido o álcool em Alagoas.
O Brasil é, atualmente, o maior produto de cana-de-açúcar do mundo e o maior exportador de álcool. Uma das facilidades para a produção é a tecnologia avançada, incluindo Alagoas.
“Produzimos açúcar e álcool e também aproveitamos o que é produzido, como a vinhaça, usada para irrigação; o bagaço da vinhaça que vira adubo e também é usado na co-geração de energia, além de servir para ser transformado em briquetes, que podem substituir a madeira em fornos a lenha”, afirmou.
No início de outubro, o Brasil elevou a mistura obrigatória de álcool à gasolina para ajudar as usinas – que estão processando uma safra recorde de cana-de-açúcar- a vender o excedente da produção do biocombustível.
As distribuidoras de combustível terão de adicionar 23% de álcool à gasolina comercializada nos postos brasileiros a partir da próxima segunda-feira – hoje, a mistura é de 20%. As usinas do Brasil transformam cerca de metade de sua cana em açúcar e o restante em álcool.