Apesar de não ter jogado bem, a seleção confirmou o favoritismo, venceu a Sérvia e Montenegro por 3 sets a 1 (25-17, 25-14, 21-25 e 25-20) e se classificou pela segunda vez a uma final do Campeonato Mundial feminino de vôlei.
O Brasil não deu chance para a zebra nesta quarta-feira. Apesar de não ter jogado bem, a seleção confirmou o favoritismo, venceu a Sérvia e Montenegro por 3 sets a 1 (25-17, 25-14, 21-25 e 25-20) e se classificou pela segunda vez a uma final do Campeonato Mundial feminino de vôlei.
Em busca do título inédito, a seleção brasileira jogará nesta quinta-feira contra o ganhador do confronto entre Rússia e Itália. A Sérvia vai enfrentar o perdedor da partida na definição do terceiro lugar.
Na pior das hipóteses, a seleção já igualou o seu melhor resultado no campeonato. Em 1994, jogando em casa, a equipe foi vice-campeã mundial. Na decisão, em São Paulo, o Brasil perdeu para Cuba.
Apenas uma única jogadora estava naquela final. A levantadora Fofão era reserva de Fernanda Venturini em 1994. Agora, além de ser a titular da seleção, Fofão também é a capitã do Brasil.
Única invicta do campeonato, a seleção brasileira entrou em quadra ciente do favoritismo e da responsabilidade em obter um bom resultado contra a Sérvia, principal surpresa do torneio.
Considerada o "Brasil da Europa", pela habilidade de suas jogadoras, a Sérvia sentiu o peso da decisão. Inexperiente em torneios internacionais (disputa o Mundial pela segunda vez, e nunca apareceu na Olimpíada ou no Grand Prix), a equipe européia errou bastante e foi atropelada pelas brasileiras no início do jogo.
A equipe do Brasil marcou os quatro primeiros pontos do jogo, dois deles em erros do adversário. Com um ataque de Fabiana, foi ao tempo técnico com seis pontos de vantagem (8-2).
A Sérvia só conseguiu se encontrar na volta à quadra. Mas o Brasil soube administrar bem a vantagem adquirida para fechar a parcial em 25-17, com um ataque para fora de Spasojevic.
Os erros se seguiram no início do segundo set. Os primeiros pontos de Brasil e Sérvia foram marcados após saques desperdiçados pelas duas seleções.
As brasileiras não demoraram muito para novamente abrir uma boa vantagem no marcador. Uma largadinha de Sassá, por exemplo, deixou a parcial em 7-2.
Mas a seleção viveu um lapso de concentração. Errando bastante em bolas fáceis, o Brasil viu a Sérvia encostar no marcador. Um ataque de Sassá na antena deixou a diferença em apenas um ponto (11-10).
A partir daí, foi a vez da Sérvia errar demais. Em pouco tempo, a seleção brasileira reconstruiu toda a vantagem que havia perdido. E fechou o set em 25-14, com Walewska pelo meio.
A última parcial também foi marcada pelos erros dos dois lados, com direito até a trombada de duas jogadoras da Sérvia na hora do levantamento.
Mas neste set o Brasil em nenhum momento conseguiu jogar bem. A defesa deixou de funcionar, e o ataque passou a ter dificuldade em colocar a bola no chão. O resultado foi a vitória da Sérvia por 25-21.
No quarto set, a seleção brasileira continuou em desvantagem. Dois ataques para fora de Walewska fizeram com que a Sérvia abrisse quatro pontos de diferença (7-3).
Zé Roberto tirou a central e colocou Carol Gattaz na equipe. A seleção melhorou, e baixou a diferença para apenas um ponto (11-10), com Fabiana explorando o bloqueio.
O empate, em 12-12, aconteceu com um bloqueio de Sheilla. E a virada surgiu logo depois, com Fofão fazendo 14-13. Assim, a seleção manteve a frente e fechou o marcador em 25-20, em um ataque pra fora da Sérvia.