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Secretário avalia danos no presídio; três fugitivos foram recapturados

Agora há pouco, o secretário executivo de Ressocialização, coronel Aurélio Rosendo, informou a equipe do Alagoas 24 Horas que a Polícia conseguiu recapturar dois presos em um canavial e outro em Atalaia.

A crise no Presídio Cyridião Durval ainda continua depois do término da rebelião. Mesmo com o clima aparentemente calmo e com os detentos presos nas celas – impossibilitados de receber visitas – a direção do Sistema Penitenciário, além de policiais civis e militares, se preocupa com a destruição e com a recaptura de presos.

Informações extra-oficiais, de um agente penitenciário que estava de plantão, dão conta que mais de 15 detentos fugiram antes da rebelião. Outras informações vindas dos oficiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais são de que dois fugiram no momento da entrada do grupo no presídio, ocorrida no início desta manhã, para conter o clima de rebelião.

Agora há pouco, o secretário executivo de Ressocialização, coronel Aurélio Rosendo, informou a equipe do Alagoas 24 Horas que a Polícia conseguiu recapturar, nesta tarde, dois presos em um canavial e outro em Atalaia.

“Eles serão levados para delegacias, onde serão autuados, e depois voltarão para o sistema. No presídio estão todos trancados e, nas ruas, a Polícia continua as diligências para prender os fugitivos”, explicou, acrescentando que ainda não possui números para informar à imprensa.

Em relação à situação do presídio, o secretário afirmou que quase todos os módulos ficaram danificados e que a arma apreendida com o detento que fez o agente penitenciário – conhecido como Borges -, como refém, será periciada.

Rebelião

A rebelião no Presídio Cyridião Durval começou ontem, quando os presos teriam tentado uma fuga em massa. Alguns conseguiram fugir e, entre os que ficaram, estava um detento armado, que fez um agente penitenciário como refém.

Entre as reivindicações dos detentos, estavam o pedido de agilidade dos processos que tramitam na Justiça e a saída do secretário de Ressocialização.

Equipes do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, além do secretário de Ressocialização e a direção do presídio tentaram negociar o fim da rebelião e a libertação do refém, que aconteceu somente no início desta manhã, depois da entrada do Bope no presídio.

Para conter os presos, os policiais utilizaram balas de borracha e bombas de efeito moral, que feriram cerca de 30 presos – número dado pelo Bope. Mais de 15 deram entrada na Unidade de Emergência Armando Lages e outros foram atendidos por equipes médicas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Bomba

Em meio à rebelião, uma bomba foi detonada, na noite de ontem, no poste que fica na entrada do Sistema Penitenciário. De acordo com o capitão Pedro Moura, especializado em desativar bombas, o artefato tinha cerca de 350 gramas de explosivo.

Depois que foi acionado, parte dos explosivos caíram e não foram detonados, o que deixou pessoas que passaram pelo local em risco de morte, com a provável explosão.

“A temperatura era alta e as três dinamites e meia poderiam explodir. Nós conseguimos neutralizar o artefato e detonamos os explosivos em segurança, isolando a área para que ninguém corresse risco”, explicou o capitão.

O material apreendido será periciado pelo Bope, que investigará a ação criminosa. Uma das suspeitas é que a ação teria o objetivo de deixar o Presídio Cyridião Durval, além de outras unidades, sem energia elétrica, favorecendo fugas.

“O poste alimentava o Sistema Penitenciário, com exceção do Presídio Rubens Quintella, além de conjuntos próximos, como o Denisson Menezes. Como a situação era de rebelião, a bomba poderia facilitar uma fuga em massa”, afirmou o capitão, que realizará a perícia no explosivo e produzirá o laudo.