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Sem-terra desocupam Porto e retornam para acampamentos

Mais de 13 horas após a ocupação do Porto de Maceió, os três Movimentos de Trabalhadores Rurais Sem-terra decidiram retornar aos seus acampamentos e assentamentos no inteior do Estado. Os trabalhadores começaram a deixar o local, há pouco mais de meia hora, em cerca de 50 ônibus providenciados pela própria administração do Porto.

Mais de 13 horas após a ocupação do Porto de Maceió, os três Movimentos de Trabalhadores Rurais Sem-terra, decidiram retornar aos seus acampamentos e assentamentos no inteior do Estado.

A decisão foi tomada depois do resultado da reunião entre o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Gilberto Coltinho, e a Superintendência Nacional, onde ficou acertada a desapropriação das terras do complexo Agrisa e Peixe, o mais rápido possível.

Segundo o ouvidor Regional do Incra, Marcos Bezerra, as terras estão em processo de ajuizamento dos valores, que se dará na segunda-feira e significa um passo para a desapropriação. Ele afirma que o Incra está entrando com a ação e que, se tudo acontecer conforme o planejado até o início do ano que vem, a situação estará regularizada.

Os trabalhadores começaram a deixar o local, há pouco mais de meia hora, em cerca de 50 ônibus providenciados pela própria administração do Porto.

Segurança

Como essa foi a segunda invasão dos sem terra ao Porto de Maceió – a primeira aconteceu em 2000 – o administrador do porto, Domício Silva, está agendando uma reunião com representantes das políciais Federal e Militar, além da Capitania dos Portos, para que seja definido um novo esquema de segurança.

Perdas com a invasão

Segundo Domício Silva, mesmo a invasão sendo de caráter pacífico, houve prejuízo financeiro, ainda não calculado, além do risco de mudança de rota do navio com turista, vindo de Barcelona, na Espanaha, direto para Maceió.

"A invasão prejudicou, principalmente, o setor de carga e descarga, onde tivemos mais de 100 veículos parados durante todo o dia, por conta da presença dos trabalhadores. Outro problema gerado, mas já solucionado, foi a possibilidade de mudança de rota do navio que atraca amanhã, no porto e que chegou a ser cogitada a possibilidade de mudança de rota para o porto de Recife. Esse problema também foi solucionado e a situação está se nosmalizando", disse Domício.

De acordo com Domício os sem terra devem desocupar o porto por volta das 23h.