A autorização para o início do processo de desapropriação das terras do complexo agro-industrial Agrisa-Peixe, de proprieadade do grupo Nivaldo Jatobá foi concedida ontem em Brasília, durante reunião com a participação do superintendente regional do órgão, Gilberto Coutinho.
Na próxima terça-feira (05), uma comissão de técnicos doA direção nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estarão se reunindo na sede da superintendência do órgão, em Maceió, com lideranças dos três movimentos de trabalhadores rurais sem-terra a fim de formalização a decisão do Incra nacional sobre o complexo Agrisa-Peixe.
A autorização para o início do processo de desapropriação das terras do complexo agro-industrial Agrisa-Peixe, de proprieadade do grupo Nivaldo Jatobá foi concedida ontem em Brasília, durante reunião com a participação do superintendente regional do órgão, Gilberto Coutinho. Brasília autorizou o ajuizamento das ações para a imissão na posse dos imóveis do complexo.
A desapropriação da Agrisa é uma reivindicação dos quatro movimentos: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento para Libertação dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MLST) e Comissão Pastoral da Terra (CPT). Ao todo, o complexo tem uma área de 23 mil hectares, distribuídos em 28 propriedades e já possui cinco assentamentos desde 2002: Serrana, Bebidas, Papuã, Caldeirões e Santa Luzia do Riachão, num total de cinco mil hectares. O restante está divido em dois blocos de 17 mil hectares.
A ocupação da área começou há cinco anos. Hoje, mais de 3,5 mil famílias estão acampadas no local. Com a desapropriação, a Incra espera assentar 1,6 mil famílias. O complexo representa a maior concentração de áreas contíguas destinadas à reforma agrária no Estado de Alagoas.
De início, serão ajuizados 22 imóveis correspondentes a cerca de 10 mil hectares. Seis outros imóveis ainda dependem de ações judiciais e outros dois, onde estão localizados os parques industriais, ainda dependem de questões técnicas.