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Governo finaliza processo de cessão da Fazenda Flor do Bosque ao Incra

Os trabalhadores rurais ligados a Comissão Pastoral da Terra (CPT) que aguardavam, há cerca de oito anos as terras do acampamento Flor do Bosque não vão mais precisar realizar protestos na região. Isso se depender do Governo do Estado, que está finalizando o processo de cessão da Fazenda Flor do Bosque ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Os trabalhadores rurais ligados a Comissão Pastoral da Terra (CPT) que aguardavam, há cerca de oito anos as terras do acampamento Flor do Bosque não vão mais precisar realizar protestos na região. Isso se depender do Governo do Estado, que está finalizando o processo de cessão da Fazenda Flor do Bosque ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A informação da Secretaria de Comunicação é de que falta apenas a Secretaria Executiva de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio reunir a documentação necessária, incluindo a escritura da propriedade. Amanhã será realizada uma reunião entre representantes do Instituto e a secretaria para agilizar a transferência da área.

“O governo vai cumprir o seu compromisso de repassar a fazenda ao Incra, para que os sem-terra tenham a posse definitiva da terra, passando a ser beneficiados com os programa de reforma agrária do governo federal”, garantiu o presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iteral), Claudio Pereira. O Estado recebeu a propriedade como pagamento de dívida de usinas ao extinto Produban.

A última manifestação do grupo de sem-terra aconteceu ontem, na rodovia de acesso a cidade de União dos Palmares, no trecho de Murici. Quando cerca de 200 famílias ligadas a CPT, interditaram o trecho impedindo que motoristas e caminhoneiros ficassem horas parados na estrada. A intenção era justamente aproveitar o processo de negociação do Incra com representantes nacionais – para decidir sobre a desapropriação das terras do complexo Peixe/Agrisa – para reinvindicar comumente a cessão de terras da Flor do Bosque.

Localizada no município de Murici, a fazenda teve uma área de 350 hectares destinada aos sem-terra da CPT (Comissão Pastoral da Terra), que há cerca de oito anos ocuparam a propriedade. Em meados deste ano, o governador Luis Abílio assinou a escritura repassando a fazenda para a CPT. Mas, o processo de transferência teve que ser alterado, com o Estado tendo que transferir a área para o Incra, órgão responsável pelo programa federal de reforma agrária.

Segundo Cláudio Pereira, o bloqueio de ontem surpreendeu o Governo. “A própria CPT vem acompanhando todo o processo de transferência da fazenda, participando inclusive de todas as reuniões”, disse, acrescentando que a questão está 99% resolvida.

Ele explicou que está faltando apenas a Secretaria de Administração, pasta responsável pelo controle de patrimônio do Estado, entregar a escritura ao Incra, o que deve acontecer nos próximos dias. “Os sem-terra podem ficar tranqüilos que o governador Luis Abílio vai honrar com o compromisso assumido”, concluiu.

Com Agência Alagoas