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Banco do Cidadão é mais procurado no último trimestre

Os três meses que antecedem o final do ano são os que empreendedores mais procuram o Banco do Cidadão para solicitar empréstimo e, por isso, a instituição concede um número maior de créditos em relação aos meses anteriores.

Assessoria

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Os três meses que antecedem o final do ano são os que empreendedores mais procuram o Banco do Cidadão para solicitar empréstimo e, por isso, a instituição concede um número maior de créditos em relação aos meses anteriores.

Para o presidente do banco, Pedro Verdino, o fato se justifica porque é nesse período que muitos clientes do banco atingem o pico de vendas em função de aspectos como o décimo terceiro salário e das tradicionais compras de Natal.

“A gente atende nesse período um volume muito maior de créditos concedidos para os empreendedores que, na realidade, estão gerando renda e emprego”, frisa, acrescentando que o microcrédito é importante porque eleva a auto-estima das pessoas. E ele cita como exemplo o caso do empreendedor Pedro Felipe dos Santos Neto, que faz sabão caseiro e legalizou sua atividade como microempresa social, aproveitando uma iniciativa do atual governo do Estado.

Outro caso emblemático é o da empreendedora Maria José do Nascimento, que tem uma loja de confecções e artigos para presente situada no Santos Dumont. Ela, que já está no sexto empréstimo, diz que nesse período de grande demanda nas vendas é necessário manter-se o estoque de mercadoria diversificado. “As vendas aumentam em cerca de 20% agora em dezembro”, assinala.

A comerciante relata que nesse período de final de ano viaja para Caruaru (PE), Fortaleza (CE) e São Paulo para comprar confecções a fim de atender da melhor forma a clientela. A empreendedora lembra que os créditos concedidos pelo banco foram fundamentais para a montagem do estoque da loja. “Os empréstimos completaram o dinheiro que eu já tinha para comprar mercadorias”, frisa, acrescentando que os créditos são liberados sem muita burocracia.

Dona Maria, mais conhecida no bairro como Dona Doca, iniciou sua atividade como sacoleira comercializando confecções em domicílio. Depois de algum tempo, ela juntou dinheiro e com a ajuda do pai – que lhe cedeu um espaço – ela abriu uma loja (Doca Confecções) que já funciona há dois anos. Além de roupas, são comercializados calçados, bolsas, material escolar, brinquedos e artigos para recém-nascidos com a forma de pagamento à vista e a prazo.

Outros serviços – Pedro Verdino informa ainda que está estudando – em nível do Conselho de Administração do banco – a possibilidade de elaborar e lançar novos produtos para atender a clientes da instituição. E citou como exemplo o financiamento de reforma de casa. “São idéias que a gente está desenvolvendo com o objetivo de dar a dimensão que o microcrédito dá para as pessoas que é a cidadania”, explica.

Ele revela também que o banco está discutindo internamente uma metodologia para atender as pessoas que querem montar uma atividade. Explica que o banco já fez algumas experiências que estão sendo avaliadas. “Eu creio que num processo de conversa com o governo do Estado para a disponibilidade de mais recursos o banco vai em breve trabalhar essa possibilidade de financiar o empreendedor que deseje montar uma atividade econômica. Nós temos alguns exemplos que deram certo e de outro que não atingiu seu objetivo. Temos que avaliar de uma maneira que possa fazer essa pessoa desenvolver sua atividade e construir sua cidadania”, assinalou.