Lanço um desafio sincero aos analistas de conjuntura: comparem a realidade socioeconômica de janeiro de 1999 com os dados atuais e verifiquem se Alagoas voltou a crescer, se retomou os investimentos, se melhorou seus indicadores, se resgatou o serviço público e se começou a sair do atoleiro a que foi submetido por uma sucessão de graves erros políticos e administrativos.
Lanço um desafio sincero aos analistas de conjuntura: comparem a realidade socioeconômica de janeiro de 1999 com os dados atuais e verifiquem se Alagoas voltou a crescer, se retomou os investimentos, se melhorou seus indicadores, se resgatou o serviço público e se começou a sair do atoleiro a que foi submetido por uma sucessão de graves erros políticos e administrativos.
Vez por outra comparam nossa terra com outros estados, como se fosse honesto cotejar a nossa realidade com unidades da Federação que não sofreram o caos, sem precedentes, ocorrido em Alagoas, sobretudo na década de 90, quando o Estado não só parou no tempo, mas retrocedeu na criação de condições para o desenvolvimento.
Quando nosso grupo assumiu o Executivo, em 1999, sob a liderança de Ronaldo, Alagoas não recebia recursos da União porque não honrava as contrapartidas. Quem não se lembra dos 600 km de rodovias estaduais intransitáveis ou da maternidade Santa Mônica aos pedaços? Recordo-me do PDV, da falta de concurso e do índice vergonhoso de mortalidade que alcançava 68 crianças para cada mil nascidas.
Naquela época, as obras do Pratagy e do Canal do Sertão estavam paralisadas, não havia apoio aos pequenos negócios, a lei de incentivos nem sequer era regulamentada, o aeroporto já vivia ultrapassado, não existia um centro de convenções nem uma unidade de emergência no Agreste. O retrato do ensino estadual: dezenas de escolas fechadas, carência de milhares de professores e 50,2% de analfabetos com 15 anos ou mais.
Vale rememorar: professor e delegado de polícia eram alvos da politicagem de chefetes do interior. Além da sangria do endividamento – essa perversidade já denunciamos –, encontramos o passivo criado pelas elites dirigentes locais, como o do INSS e o do FGTS, este sem recolhimento havia quatro décadas. Em oito anos pagamos cerca de R$ 2 bilhões de dívida ao governo federal. Vamos fechar 2006 remetendo injustos R$ 400 milhões para Brasília.
Tenho orgulho de participar do esforço que vem retirando Alagoas do pântano. Orgulho-me do centro de convenções, do aeroporto Zumbi dos Palmares, dos mil quilômetros de rodovias estaduais pavimentadas, do Banco do Cidadão, da duplicação do PIB, dos concursados, dos novos professores e das 200 mil novas vagas no ensino.
Orgulho-me, afinal, do pagamento da folha em dia, da nova Santa Mônica, das obras do Canal do Sertão, da ativação do sistema Pratagy, da Emergência de Arapiraca, dos novos hotéis que se instalam, do plano estratégico de governo sintetizado no Progeal, da queda da mortalidade infantil, da queda do analfabetismo e de muito mais.
*É governador de Alagoas