O diretor do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), João Marinho, voltou a falar sobre as recentes denúncias envolvendo o órgão o qual dirige. O Detran é um dos órgãos estaduais que mais arrecada e no final da gestão de Abílio foi colocado em xeque com uma avalanche de supostas irregularidades, que conforme Marinho, serão apuradas e ele tem confiança de que ficará comprovado a lisura do departamento.
O diretor do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), João Marinho, voltou a falar sobre as recentes denúncias envolvendo o órgão o qual dirige. O Detran é um dos órgãos estaduais que mais arrecada e no final da gestão de Abílio foi colocado em xeque com uma avalanche de supostas irregularidades, que conforme Marinho, serão apuradas e ele tem confiança de que ficará comprovado a lisura do departamento.
As denúncias envolvem desde desvios de verbas a gastos excessivos com festas e eventos, realizadas entre agosto e outubro passado, durante a gestão de Marinho. “Estas informações de que eu fui o diretor que mais fez festas e eventos é uma imensa mentira. Não existem dados sobre isto. Não há levantamento algum a respeito disto”, destacou o diretor.
O diretor do Detran ao ser indagado sobre a arrecadação do órgão e o pouco investimento no prédio sede – localizado no bairro do Pontal – dispara: “Aquele prédio está obsoleto, não serve mais para a direção, por isso resolvi investir nos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs), em Mangabeiras e no Barro Duro e em computadores. Fui o diretor que mais informatizou o órgão. Tudo foi investido com lisura e demos um conceito administrativo ao Detran. Se os outros diretores não fizeram isto é problema das direções passadas, inclusive acabamos com uma série de irregularidades que existia, envolvendo emissões de CNHs, por exemplo”, defende-se.
De acordo com o que foi denunciado na imprensa alagoana, o pagamento dos serviços fornecidos ao Detran eram sempre maquiados, para não ultrapassar o valor de R$ 8 mil. Desta forma, João Marinho evitava as licitações. O diretor nega qualquer tipo de irregularidade a respeito destes processos. No entanto, ao falar sobre as denúncias não apresentou nenhum documento que comprovasse a sua inocência.
Na quarta-feira passada, o governador de Alagoas, Luis Abílio, ao tomar conhecimento das denúncias determinou uma auditoria fiscal no órgão, que está sendo feita pelos técnicos da Controladoria Geral do Estado (CGE). O relatório da CGE deve ser apresentado ainda no dia 20 deste mês, antes da prestação de contas do governo. João Marinho determinou o afastamento da controladoria interna do órgão, tirando do cargo o funcionário de carreira Carlos Robson da Silva, que se encontra afastado.
“Encaminhamos ofícios com relação a todas as denúncias feitas para a presidência da Assembléia Legislativa de Alagoas, já que o deputado Marcos Barbosa se manifestou sobre o assunto e encaminhamos ao deputado um documento, avisando sobre os ofícios levados ao conhecimento da mesa diretora da Casa”, colocou Marinho. O parlamentar do PPS havia denunciado o uso de veículos desemplacados pelo Departamento de Trânsito e que estes carros pertenciam a uma locadora. De acordo com Marinho, tudo será apurado e esclarecido.
Indagado sobre como se sentia de estar no “órgão dor de cabeça”, logo na transição de governo, o diretor declarou: “Não acho que o Departamento de Trânsito seja uma dor de cabeça. Sei do trabalho isento que fiz a frente da instituição. O Detran não é a dor de cabeça do governo, mas sim daqueles que usavam o órgão como um instrumento fraudulento. Hoje, estamos blindados como contra fraude e somos motivo de orgulho para o Governo do Estado”, finalizou.