Pelo menos 2,6 milhões de contribuintes poderiam ser isentos do pagamento de Imposto de Renda se a tabela tivesse a correção da inflação desde 1996. Os cálculos são da Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
Pelo menos 2,6 milhões de contribuintes poderiam ser isentos do pagamento de Imposto de Renda se a tabela tivesse a correção da inflação desde 1996. Os cálculos são da Unafisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
Para repor a inflação, a tabela precisaria de correção de 50,52%. Com isso, a faixa de isenção passaria dos atuais R$ 1.257,12 para R$ 1.892,22. "Nesse caso, 2,6 milhões de brasileiros passariam a ser isentos, se considerarmos as faixas salariais do mercado de trabalho formal que constam na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2005", disse Evilásio Salvador, economista e coordenador técnico da Unafisco nacional.
As contas não consideram a correção da tabela de 4,5% anunciada pelo governo para 2007.
Segundo os dados, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumula variação de 110,11%, de janeiro de 1996 a dezembro de 2006, considerando para este último mês estimativa de 0,45%.
A tabela, neste período, teve três correções: 17,5% em 2002, 10% em 2005 e 8% em 2006.
Ainda assim, a defasagem da tabela chega aos 50,52% apontados pela Unafisco. Dividindo entre os governos, o acumulado dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso seria de 39,52%, de 1996 a 2001. A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem uma defasagem de 7,88%.
Segundo Salvador, a faixa de isenção em 1995 equivalia a 10,48 salários mínimos. Em 2005, a comparação chegou a 3,6. "Há uma incorporação do trabalhador que ganha menos ao pagamento do IR. O mercado cresce na faixa de até três salários mínimos", disse.