O deputado estadual eleito Antônio Hollanda Junior (PTdoB) diz que está sendo vítima de uma armação política promovida pelo deputado estadual Adalberto Cavalcante (Prona).
O deputado estadual eleito Antônio Hollanda Junior (PTdoB) diz que está sendo vítima de uma armação política promovida pelo deputado estadual Adalberto Cavalcante (PDT). O parlamentar não disputou a reeleição e apoiou a candidatura do irmão, o ex-prefeito de São Brás, José Carlos Cavalcante (PTdoB), que ficou na primeira suplência da coligação “Alagoas: Paz e Desenvolvimento (PMDB/PPS/PSDB/PTdoB), que elegeu seis deputados.
Na disputa, Antônio Hollanda Junior obteve 28.981 votos, sendo o terceiro mais votado, enquanto Carlos Cavalcante obteve 20.999. A polêmica envolvendo o deputado Antônio Holanda Junior começou em novembro, quando um grupo de 40 pessoas foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) para denunciar a suposta compra de votos promovida pela família Hollanda.
A denúncia foi protocolada no TRE e encaminhada ao procurador-regional eleitoral Marcelo Toledo, que encaminhou à Polícia Federal (PF) para abrir as investigações necessárias e nada teria sido constatado contra o deputado eleito.
Na semana passada, foi a vez do Ministério Público Eleitoral entrar com ação de impugnação, pedindo a cassação do mandato eletivo de Antônio Hollanda Junior, pelo mesmo motivo: abuso de poder econômico, por meio da compra de votos usando cartão magnético.
Como o TRE entrou em recesso, o caso só será julgado a partir do dia 8 de janeiro, quando o pleno volta às atividades.
Rebatendo
A ‘briga” pelo mandato está sendo articulada pelos irmãos dos candidatos – eleito e derrotado – nas eleições de outubro. O vereador Dudu Hollanda (PTB) diz que tem informações seguras comprovando a participação de Adalberto Cavalcante num suposto esquema para incriminar Antônio Hollanda.
Segundo as informações colhidas por Dudu Hollanda, cerca de 40 cabos eleitorais comandados por João Albuquerque, assessor de Adalberto Cavalcante, foram à porta do TRE e fizeram a denúncia de compra de votos, apresentando cartões magnéticos, encomendados pela família Hollanda.
Dudu Hollanda diz que “o uso do cartão magnético é totalmente legal, que foi utilizado como santinho de PVC e estava devidamente declarado na prestação de contas do candidato”. “A Família Hollanda é detentora de vários mandatos em todas as esferas políticas de Alagoas, a começar pelo “Velho” Otacílio Hollanda, há 50 anos. Hoje, com seu filho Francisco Hollanda e seu neto Dudu Hollanda – ambos vereadores por Maceió – e agora com seu outro neto, Antônio Hollanda Junior, como deputado estadual. A família Hollanda não tem e nunca teve qualquer história de violência ou compra de votos em sua trajetória política”, justifica Dudu Hollanda.
O Alagoas24horas entrou em contato com David Magalhães, do TRE, que confirmou a versão de Dudu sobre o uso do cartão magnético. Não há nada que proíba, a não ser que seja utilizado para outros fins”, destacou.
Negando
O Alagoas24horas procurou o deputado Adalberto Cavalcante, que negou as acusações e disse que vai interpelar judicialmente o vereador Dudu Hollanda. “Primeiro, gostaria de confirmar que João Albuquerque não é meu assessor; segundo, que o vereador vai ter que provar que estou tentando alguma coisa contra o deputado eleito. O problema está na justiça eleitoral e eles que tratem de se defender. Eu não tenho nada haver com esse problema e só vou me pronunciar após o resultado do julgamento deste processo”, disse o deputado.