Despesas pessoais apresentaram maior alta; gasto com recreação cresceu 3,52%; cesta básica na capital está mais barata.
O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) do mês de janeiro apresentou uma variação de 0,82%. O número é resultado da pesquisa realizada pela Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). A pesquisa visa acompanhar a variação mensal de preços de bens e serviços consumidos pela população.
De acordo com o levantamento, o Grupo de Despesas Pessoais teve a maior alta, apresentando um número de 1,62%. O responsável por esta variação é o grupo de recreação, que sofreu um acréscimo de 3,52%. Ele vem seguindo do Fumo, que apresentou 0,59% e Serviços Pessoas, com 0,51%.
“Nesta época de férias é comum que as pessoas saiam mais com seus filhos. Idas ao cinema, praia, teatro, programas comuns de recreação acabam pesando um pouco mais no bolso do consumidor e, por isso, apresentam este crescimento, que é normal para a época do ano”, explica Gilvan Sinésio, gerente de pesquisa do IPC.
Outro grupo que apresentou variação foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, com um índice de 1,54%. Segundo a pesquisa, Plano de Saúde cresceu 5,64%, seguindo de Higiene Pessoal, com 0,23%. Os itens Produtos Farmacêuticos, Produtos Óticos e Serviços Médicos e Dentários não sofreram variação.
A alta temporada para turismo fez com que alguns itens também sofressem variação no IPC de janeiro. Segundo a pesquisa, entre os produtos e serviços com maiores variações no mês de janeiro Hotel apresenta variação de 31,54%, Mão de Obra ficou com 20,83% e Passagem Aérea 11,16%.
“Este aumento para rede hoteleira e passagens aéreas ocorre não somente pelas férias, que foram iniciadas no mês de dezembro. O Carnaval é outro fato que ajuda nesta variação de produtos e serviços. A mão de obra segue a mesma linha, com o aumento da demanda, os números apresentam mudanças”, destaca Sinésio.
O preço da cesta básica alimentar comprometeu um percentual de 32,28% do salário mínimo dos maceioenses, um decréscimo de 2,36 pontos em relação ao mês de dezembro. A compra dos itens básicos representa um valor total de R$ 254,65 para alimentação pessoal, independente de outras despesas necessárias a sua sobrevivência e de seus familiares.
Entre os produtos que sofreram variação, destaque para o tomate que apresenta um percentual de 1,62, seguido da carne com 1,10% e do arroz com 0,79%. De acordo com a pesquisa, o preço médio do tomate é de R$ 3,21/kg. Já a carne apresenta uma média de R$ 16,91/kg e o arroz R$ 2,44. A banana foi o item que apresentou uma queda de 1,67% ficando com uma média de R$ 2,69/kg.
O gerente da pesquisa chama a atenção para o decréscimo da cesta básica. “Devemos lembrar que essa baixa tem ligação direta com o aumento do salário mínimo. No mês de dezembro, o valor comparado era menor do que o do mês de janeiro. Então, o valor do salário que fica comprometido ainda é alto”, reforça.
Outro fator importante e que merece destaque é o aumento do combustível e de produtos e serviços automotivos. “Sabemos que com a retirada do IPI cresceu o número de carros novos e usados. E isso refletiu na variação de alguns. Para ter uma ideia, enquanto o combustível sofreu variação de 3,49%, pneu apresenta 4362% e conserto de automóveis 3,49%”, finalizou Sinésio.