Poder Judiciário de Alagoas vai leiloar veículos apreendidos
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, voltou a se reunir com o governador Renan Filho para tratar dos desafios e das ações que devem ser postas em prática para melhorar o sistema prisional do Estado. Durante o encontro, ocorrido nesta quarta-feira (11) na sede do TJ/AL, ficou acertado que os veículos apreendidos, que se encontram em delegacias e batalhões, serão leiloados pelo Judiciário.
A iniciativa, de acordo com presidente do TJ/AL, vai desafogar esses espaços e contribuir com o trabalho das autoridades de segurança. “Já temos em planejamento a realização de uma licitação para que possamos promover o leilão desses inúmeros veículos”, afirmou Washington Luiz, que durante a reunião autorizou a deflagração do edital de credenciamento de leiloeiros.
Ficou estabelecido o prazo de 15 dias para o credenciamento, a contar a partir do próximo dia 19. Após isso, o TJ/AL deve dar início aos leilões dos automóveis, assim como de alguns bens do próprio Judiciário.
Para o governador Renan Filho, a iniciativa é positiva e mostra o empenho do Tribunal em colaborar com os trabalhos de segurança em Alagoas. “Será dado um destino a esses bens que lotam e passam anos nas delegacias e pátios da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal atrapalhando a atuação das forças policiais”, destacou o governador.
A autorização para emissão do edital ocorreu na reunião da Câmara de Monitoramento do Programa Brasil Mais Seguro, projeto do Ministério da Justiça. Além da representante do próprio Ministério, Alice Carvalho, participaram do encontro o secretário de Defesa Social, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, os juízes Maurício Brêda, presidente do Conselho Estadual de Segurança, e José Braga Neto, da Vara de Execuções Penais, além de desembargadores, magistrados auxiliares da Presidência do TJ/AL, integrantes do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Força Nacional, entre outras instituições.
No encontro, foram discutidas ainda a superlotação das unidades e a grande quantidade de presos provisórios. O governador disse estar ciente das dificuldades e que vai continuar adotando medidas para melhorar a segurança em Alagoas. “É preciso haver repressão, mas ela deve vir acompanhada de ações preventivas. A principal função do Estado é fazer com que a política pública funcione e que sejam dadas mais oportunidades às pessoas para que não ingressem no mundo do crime”, afirmou.