A avaliação é um pouco mais realista do que a feita por ele próprio na primeira pergunta sobre o assunto, quando se mostrou incomodado ao falar sobre a área de atuação do técnico e amigo Muricy Ramalho.
Dois meses e quatro dias separam a derrota por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, do próximo jogo do São Paulo contra o Corinthians na Copa Libertadores. Até lá, Rogério Ceni espera que sua equipe atinja evolução suficiente para poder encarar o rival de igual para igual, em um duelo que, em sua opinião, será decisivo.
"Precisa, de uma maneira ou outra, dentro da nossa casa, com apoio da nossa torcida, vencer o Corinthians. Mesmo que a gente vá muito bem no decorrer das próximas quatro rodadas, a probabilidade de precisar de um resultado contra o Corinthians no Morumbi, quando começa perdendo assim, é muito grande. A não ser que ganhe quatro jogos em sequência, o que não é muito provável dentro do nosso grupo. Temos algumas quartas-feiras até chegar esse dia", disse o goleiro, após estreia negativa em Itaquera.
A avaliação é um pouco mais realista do que a feita por ele próprio na primeira pergunta sobre o assunto, quando se mostrou incomodado ao falar sobre a área de atuação do técnico e amigo Muricy Ramalho. "Não vou fazer análise tática. Não cabe a mim fazer esse tipo de análise", comentou. "O Corinthians se defendeu muito bem, tem uma consistência defensiva muito boa. Joga com as linhas muito próximas. Normalmente, com nove ou dez jogadores atrás da linha da bola. Mérito deles. A gente tem que evoluir, mas não vou entrar em parte de análise tática, que não cabe a mim".
Antes mesmo do segundo embate entre os rivais na Libertadores, São Paulo e Corinthians se enfrentarão em 8 de março, pelo Campeonato Paulista, no Morumbi. Porém, é a competição continental o principal objetivo dos são-paulinos na temporada. Não por acaso, tem sido chamada de "obrigação" pela principal organizada de time. Pressão que, com o revés por 2 a 0, só deve crescer.
"Se a gente ganhasse hoje, logicamente quem estaria pressionado seria o Corinthians. Como quem perdeu foi a gente, natural que quem fique carregado de pressão sejamos nós. Internacional, Atlético-MG também estão. Foi a primeira rodada, são seis jogos. Se vence, você está relaxado. Fora de casa, então, perfeito. Perde em casa, está morto. Se perdeu fora de casa, tem como obrigação vencer o próximo em casa", reconheceu Ceni.
Enquanto o jogo decisivo não chega, o São Paulo se preocupa com os mais próximos. Na quarta-feira, o adversário será o uruguaio Danubio, no Morumbi. "Depois, serão dois jogos, seis pontos contra o San Lorenzo, que devem decidir quem continua na luta", concluiu o capitão.