Embora o sistema esteja em elevação desde o dia 5 deste mês, a situação do principal manancial de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo é crítica
O sistema Cantareira registrou mais uma alta nesta quinta-feira, atingindo 9,5%, segundo informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. O sistema repetiu a alta de 0,6 ponto percentual do dia anterior, que foi a maior alta desde o início da crise.
Embora o sistema esteja em elevação desde o dia 5 deste mês, a situação do principal manancial de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo é crítica. Atualmente o sistema recorre à cota do chamado segundo volume morto.
A alta repentina no sistema se deve ao acumulado de chuva no mês, que atingiu 260 milímetros, bem acima da média histórica, que é de 199,1 milímetros.
O nível dos demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo também não apresentou queda. O Alto Tietê passou de 16,3% para 17,2%. O Guarapiranga subiu de 56,3% para 56,8%. Já o Alto Cotia passou de 35,3% para 36,2%. O Rio Grande de 82,9% para 83,9%, e o Rio Claro de 34,6% para 34,8%.
Projeções do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e da Sabesp apontam que o rodízio de água será evitado na Grande São Paulo se as chuvas conseguirem elevar o nível do sistema Cantareira a um patamar entre 13% e 14% até o final de março e se as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a chuva deve continuar e as obras precisam adicionar cerca de 3,5 mil litros por segundo aos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana. Atualmente, são 54 mil litros por segundo.
O cálculo leva em conta um cenário com a continuidade da política de redução de pressão e não elevação do consumo por parte da população.