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Reitor desmente morte de bebês e traça plano para atendimentos

A polêmica foi ocasionada após a transferência de mães e recém-nascidos atendidos na unidade nessa quinta-feira (19), após um colapso da rede elétrica do hospital que dificultou o atendimento dos pacientes

Ascom Uncisal

Reitor da Uncisal, Paulo Medeiros, nega mortes relacionadas à estrutura da Santa Mônica

O reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Paulo Medeiros, disse na manhã desta sexta-feira (20) ao Alagoas 24 Horas que nenhuma morte de bebê associada à Maternidade Escola Santa Mônica ocorreu por conta de falta de estrutura.

A polêmica foi ocasionada após a transferência em caráter de emergência de mães e recém-nascidos atendidos na unidade nessa quinta-feira (19), após um colapso da rede elétrica ter dificultado o atendimento. Dezenove bebês foram transferidos para outras unidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS): sendo 10 para o Hospital Geral do Estado (HGE); dois para a Unimed; dois para o Hospital Arthur Ramos; dois para o Hospital do Açúcar e mais um para o Hospital Nossa Senhora da Guia.

A decisão de transferência foi uma deliberação técnica com o aval de técnicos da saúde municipal, estadual e federal, além do Ministério Público Estadual (MPE) que avaliaram a situação de calamidade que atingiu o local. “Durante essa semana tivemos uma série de contratempos, mas nenhum desses causaria risco para o bebê e as gestantes. Ontem, a situação foi extremamente grave, coisa de guerra mesmo”, avalia o gestor.

O reitor explica que a reforma da Santa Mônica está prevista para terminar no segundo semestre deste ano e que, mesmo nessa situação, a estrutura não oferecia risco para os pacientes que estavam sendo atendidos até a noite de ontem. “Nenhuma morte está associada à Santa Mônica e sua estrutura, essa informação está distorcida. O que acontece na UTI é a condição clínica de cada paciente que é determinante para a morte ou não”, explica o gestor.

Ainda de acordo com Paulo Medeiros, a situação se tornou grave após a queda de energia ter deixado de abastecer aparelhos eletrônicos que mantém os recém-nascidos vivos. “Apesar da gravidade e do risco de morte com a queda de energia, a equipe da Santa Mônica conseguiu atuar maravilhosamente bem nessa situação de conflito. 140 pessoas entre enfermeiros, médicos e até psicólogos trabalharam nessa situação de conflito”, disse e ainda complementou “não houve nenhuma morte durante as transferências de bebês.”

Na maternidade, uma equipe de engenharia realiza os primeiros levantamentos para entender o que podem ter levado ao incidente. Ainda ontem, a Eletrobras informou que a energia chegou a ser restabelecida no bairro do Poço – onde está o hospital -, mas a energia não retornou na undiade de saúde.

O resultado do laudo técnico deve sair até o final do dia. Enquanto isso, novos atendimentos às parturientes ficam restritos ao Hospital Universitário, que alega superlotação.