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Lembrança de adeus de Pet faz Fla descartar festa para Léo Moura em jogo oficial

O técnico sabe que despedidas de ídolos em jogo oficiais podem não funcionar bem. Por isso, passou o recado à diretoria, que já vetou rotular o jogo de domingo, no Maracanã, como uma festa de despedida de Léo Moura.

Vanderlei Luxemburgo cobrou uma definição sobre o futuro de Léo Moura, o prazo foi dado até o clássico contra o Botafogo. Mas o técnico sabe que despedidas de ídolos em jogo oficiais podem não funcionar bem. Por isso, passou o recado à diretoria, que já vetou rotular o jogo de domingo, no Maracanã, como uma festa de despedida de Léo Moura. Tudo para não não comprometer o desempenho na competição. Na cabeça do técnico, o adeus a Petkovic, em 2011, ainda ecoa.

Ídolo da torcida rubro-negra, autor do gol do histórico tricampeonato carioca em 2001 e peça-chave na conquista do hexacampeonato brasileiro em 2009, Petkovic estava em declínio físico e técnico já em 2010, quando Luxemburgo assumiu o Flamengo. No ano seguinte, o treinador garantiu que não utilizaria Pet, de 39 anos e com seis meses de contrato ainda restantes.

O sérvio, claro, e boa parte da torcida não gostaram, mas ainda assim o jogador passou a treinar separadamente com outros afastados, como o volante Correa, na Gávea. À época, o Flamengo badalava o Brasil com a contratação de Ronaldinho Gaúcho. Luxemburgo, então, cedeu às pressões por uma despedida digna a Petkovic. Encontro marcado, no dia 6 de junho, no Engenhão, contra o Corinthians. Após cinco meses treinando, Pet entraria diretamente no time titular.

Em boa fase, o time rubro-negro disputava a ponta da tabela no primeiro turno do Brasileiro cabeça a cabeça com o Corinthians. Na semana de preparação para o jogo, tudo girou em torno de Petkovic. No dia da partida, o mesmo, com direito a mosaico da torcida, volta olímpica, entrevistas, faixas. Pet ocupou a vaga de Thiago Neves, então convocado pela seleção brasileira. Destacou-se. Mas o Corinthians saiu na frente, com Willian, e o Flamengo empatou depois, com Renato Abreu.

Os pontos fizeram falta. Ao fim do primeiro turno, o Corinthians, que se tornaria campeão brasileiro, terminou na ponta com 37 pontos contra 36 do Flamengo de Luxemburgo. Festa e jogo oficial não combinaram. Por isso, a opção agora é de comportamento mais sereno. A liberação a Léo Moura para vestir a camisa 10 do Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos, foi dada. O aval para a festa, não.

"A ideia do Flamengo é para que façamos uma festa realmente do tamanho daquilo que é a história do Léo. Claro que daí num jogo festivo. Não será certamente num jogo oficial até para que não tenhamos a duplicidade de importância do evento. Essa é a ideia. Vamos ver se isso acontece dentro de algo programado", disse o diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, em entrevista à ESPN Brasil.

Atualmente, na tabela do Campeonato Carioca, o Flamengo soma 14 pontos na segunda posição, dois abaixo do Botafogo, adversário do último jogo em que Léo Moura estará à disposição e líder da competição. O primeiro colocado ao fim da primeira fase do Carioca vence a Taça Guanabara e pode ser campeão com quatro empates, além de embolsar maior premiação. Com tanto em disputa, Léo vestirá a camisa do Flamengo pela última vez no domingo após dez anos. De olho no passado, Luxemburgo sabe: é melhor deixa a folia do adeus para depois.