Com decisão, Sandra Regina pode ser transferida da P1 de Tremembé. Casal assumiu relacionamento no ano passado e divide cela na unidade.
Companheira de Suzane von Richthofen na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 Feminina de Tremembé (SP), a detenta Sandra Regina Ruiz Gomes foi beneficiada pela Justiça com a progressão ao regime semiaberto. Com a decisão, a companheira de Suzane pode deixar o presídio em Tremembé, onde as duas detentas vivem juntas em uma área destinada a casais.
A transferência pode acontecer já que a unidade em que as duas cumprem pena não possui pavilhão destinado ao regime semiaberto. Apesar disso, Sandra pode pedir para ter o benefício suspenso, assim como Suzane fez no ano passado após ser autorizada a cumprir pena no regime semiaberto. Na época, Suzane alegou que teme por sua liberdade e que o pedido de progressão de regime foi feito contra sua vontade por seu advogado na época.
A decisão da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté que beneficia Sandra é do dia 12 de fevereiro, mas até esta quinta-feira (26) a transferência não havia acontecido. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a detenta ainda permanecia cumprindo pena na P1 de Tremembé e, por questões de segurança, detalhes da transferência da presa só serão informados após a mudança ser realizada. A VEC foi procurada no início da manhã para comentar a decisão, mas não respondeu a solicitação do G1 até a publicação da reportagem.
Condenada a 24 de prisão por sequestro, a detenta Sandra Regina já havia cumprido pena no semiaberto em 2010 no Centro de Ressocialização de São José dos Campos (SP). Após agredir um agente penitenciário, ela teve o benefício suspenso e voltou ao regime fechado em Tremembé.
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Para assumirem o relacionamento, Suzane e Sandra precisaram assinar um termo de convivência, uma espécie de ‘certidão de casamento’ dentro da penitenciária. Com o documento assinado, as duas passam a morar juntas em uma área destinada a casais. O local, conhecido como ‘celões’, é dividido em quatro unidades com beliches de concreto, dois banheiros e capacidade para abrigar até 12 detentas.
Antes de namorar Suzane, Sandra havia tido um relacionamento com Elize Matsunaga, acusada de ter esquartejado o corpo e ocultado o cadáver do marido. Segundo agentes penitenciários da unidade, elas também chegaram a viver juntas nos ‘celões’ da unidade.