rocurador-geral deve pedir nesta terça ao STF a investigação de políticos. Grupo se reuniu em frente à Procuradoria para manifestar apoio a Janot.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse na noite desta segunda-feira (2) a um grupo de manifestantes que "quem tiver de pagar vai pagar", em referência aos pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos, que ele deve entregar nesta terça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os manifestantes se concentraram na frente do prédio da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, para manifestar apoio a Janot, responsável pela investigação de parlamentares e autoridades eventualmente envolvidos com os fatos apurados na Operação Lava Jato, que apontou desvio de dinheiro da Petrobras.
"Vamos trabalhar com tranquilidade, com equilíbrio. Quem tiver de pagar vai pagar", afirmou o procurador, em vídeo reproduzido no site YouTube.
Segundo o Janot, o processo será "longo". "Nós vamos apurar. Isso é um processo longo. Nós estamos começando agora. A investigação começa e nós vamos até o final dessa investigação", afirmou o procurador, aplaudido pelos manifestantes.
Antes de se despedir, Janot brincou: "Se eu tiver que me investigar, eu me investigo".
A revelação dos nomes de políticos e autoridades supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras só deverá ocorrer após uma decisão do ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal.
A expectativa é que os pedidos de investigação contra os suspeitos chegue ao STF até a noite desta terça. Todos estarão inicialmente em segredo de Justiça, o que impede acesso a qualquer de suas informações.
Segundo o G1 apurou, o procurador-geral da República pedirá o fim do segredo em todos os pedidos de investigação, e Teori Zavascki analisará, caso a caso, se vai atender a essa recomendação.
A análise deve começar após a apresentação, mas dificilmente será concluída ainda nesta terça. Só depois de decidir sobre todos os pedidos, haverá divulgação, em bloco, dos nomes dos políticos.