A organização divulgou ainda um ranking em que o Brasil aparece como o 11º entre 84 países mais ameaçados pelo problema.
gundo o WRI, o custo das enchentes no país poderá chegar a US$ 8,5 bilhões nos próximos 15 anos, bem acima do custo anual atual estimado pela organização – US$ 3 bilhões.
O WRI estima ainda que cerca de 266 mil pessoas atualmente estejam sob risco de inundações fluviais – causadas pelo transbordamento de rios – no Brasil.
A tragédia que ocorre atualmente no Acre ilustra bem essa situação. Segundo a prefeitura de Rio Branco, chega a 87 mil o número de pessoas prejudicadas pela cheia histórica do Rio Acre, sendo que mais de 8 mil estão desabrigados, segundo a Agência Brasil.
Ao menos 53 bairros da cidade estão alagados, o equivalente a uma área de 5 mil hectares. Com três pontes interditadas, a população sofre ainda com o desabastecimento de água e energia.
No mundo, o WRI calcula que mais de 20 milhões de pessoas já são afetadas e as enchentes custam US$ 96 bilhões por ano. Novas análises revelam que em 2030 os números serão de 54 milhões de pessoas e mais de meio trilhão de dólares.
Segundo o estudo, a Índia é o país mais afetado, com mais de 4,8 milhões de pessoas em situação de risco, seguido de Bangladesh, China e Vietnã.
A organização alega ter feito o primeiro estudo detalhado do impacto presente e futuro de inundações.
Com o apoio de quatro instituições da Holanda, um dos países mais especializados em contenção de águas do mundo, o WRI criou ainda um mapa interativo mostrando todos os rios do mundo e informações sobre marés e possibilidade de enchentes.
O estudo foi elogiado por agências internacionais como o Banco Mundial e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para que as informações do WRI podem servir para autoridades em seu planejamento para a prevenção e mitigação de enchentes.
De acordo com a Cruz Vermelha, enchentes responderam por metade dos desastres naturais que demandaram os serviços assistenciais da ONG passado.