Cerca de 4 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra de todo o estado de Alagoas, organizados na CPT, MLST, MST e MTL, realizam hoje (11) uma marcha na capital Maceió denunciando o agronegócio, fazendo a defesa da Reforma Agrária e exigindo condições de vida digna para quem vive no campo, na garantia dos direitos sociais e das infraestruturas produtivas que hoje são negadas aos camponeses.
Acampados desde a tarde de ontem (10) no prédio da Eletrobrás, os Sem Terra organizam suas fileiras para percorrerem a Avenida Fernandes Lima, principal avenida da cidade, em direção ao Centro de Maceió, onde passam pela Secretaria de Educação do Estado denunciando o fechamento de escolas no campo e o sucateamento da educação ofertada aos jovens e as crianças na zona rural, onde muitas escolas estão sem água, professores e merenda, além do transporte escolar precário, quando existente, para transportar os estudantes.
Em nota publicada pelos movimentos, os trabalhadores sintetizam 10 pautas conjuntas para pautarem junto ao Governo do Estado, entre elas a criação de Politica Estadual de Desenvolvimento dos assentamentos de reforma agrária, que possa contemplar todos os níveis da produção no campo até a comercialização desses produtos.
Os Sem Terra que estão mobilizados em todo o estado de Alagoas desde o início da semana, nas atividades que compõem a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, destacaram na nota que as mobilizações são mais um momento para denunciar a situação de quem vive no campo, “pressionar os governos e os poderes para a urgente e necessária realização da reforma agrária como medida para a garantia de direitos e exigir condições dignas e justiça social no campo e na cidade”, diz a nota.
Os Movimentos sentam com o governador do estado Renan Filho (PMDB), na próxima quinta-feira (12) às 9h no Palácio dos Palmares.