Um menino de apenas seis anos foi brutalmente mutilado e teve a mão cortada por criminosos que entregam partes do corpo de pessoas albinas para curandeiros fazerem poções na Tanzânia. Em algumas partes do país, existe a crença de que essas poções trazem sorte e saúde.
Baraka Cosmas foi atacado no último sábado (7) por um grupo de homens que invadiu a casa dele.
Os agressores cortaram a mão direita da criança e escamparam Cosmas e sua mãe, Prisca Shaaban. Os dois ficaram tão machucados que precisaram ser hospitalizados.
De acordo com informações do jornal Daily Mail, o menino foi a terceira criança albina a ser atacada nos últimos três meses, devido à cor de sua pele.
Yohana Bahati, uma bebê de um ano e meio, e Pendo Emmanuelle Nandi, de quatro anos, foram as outras duas vítimas desse tipo de agressão no país.
Em diversos países da África Ocidental, o número de ataques e assassinatos de albinos aumentou. Nesses países, as pessoas que possuem essa condição genética vivem cada vez mais aterrorizadas, evitam sair de casa e as crianças afetadas se veem forçadas a abandonar a escola.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, denunciou a situação e confirmou que as crianças são a categoria de idade que mais sofre ataques.
Segundo os relatórios que chegaram à ONU, nos últimos seis meses foram registrados pelo menos 15 casos de albinos sequestrados, feridos, assassinados ou vítimas de tentativas de sequestro sem sucesso, mas a própria realidade das zonas remotas onde esses crimes costumam ocorrer leva a crer que o número real de casos seja maior.