Informação é do laudo necroscópico realizado no corpo da vítima.
Corpo de Michelli Nogueira foi encontrado dentro de uma mala
A polícia informou que a causa da morte da comissária de bordo Michelli Nogueira Arrabal, encontrada morta dentro de uma mala na última segunda-feira (9), foi esganadura. Segundo o delegado José Henrique Ventura, responsável pela Seccional de Bragança Paulista e que segue à frente das investigações, a informação é do laudo necroscópico feito no corpo da vítima.
O documento ainda não foi entregue, mas a polícia já teve acesso a algumas informações.
— Tinha lesão na testa, no olho, na boca, como quem tivesse levado alguns socos, o nariz estava quebrado.
O companheiro de Michelli, Julio Arrabal, foi encontrado morto por enforcamento na casa do casal no município de Sumaré.
De acordo com José Henrique Ventura, até o momento, as evidências apontam para um homicídio seguido de suicídio.
— O que nós estamos aguardando são os laudos periciais… A perícia arrecadou tudo, retirou coleta de sangue do chão, da faca e nós vamos fazer exames de confronto de DNA… Coletou material debaixo da unha da moça para saber se tem alguma substância de luta corporal.
Terceira pessoa?
Sobre a suspeita da família de Michelli de que uma terceira pessoa esteja envolvida com assassinato e suposto suicídio de seu companheiro, o delegado diz que, por enquanto, nada aponta nesse caminho, mas as investigações prosseguem.
— Nós trabalhamos com a razão, dados, fatos. Eu não garanto nada. Enquanto a gente está trabalhando, está em aberto.
A polícia também aguarda o resultado do exame toxicológico que foi realizado no corpo da comissária e de seu companheiro para saber se eles consumiram droga e álcool.
José Henrique explica que Júlio era dependente químico.
— Eles estavam com um certo atrito em função dela ter dado um ultimato. Se ela percebesse que ele tinha voltado a usar drogas, se separava dele.
A perícia também recolheu os telefones celulares do casal. Isso porque no dia do crime, foi encontrado uma mensagem no celular da comissária em que estava escrito: “Estou no avião, não posso responder agora”.
O enterro dos dois corpos aconteceu nesta quarta-feira (11).