As vendas de PCs devem cair em 4,9% neste ano, mais do que os 3,3% previstos no final do ano passado, anunciou a IDC nesta quinta-feira, 12/3.
Antes disso, no mesmo dia, a Intel, principal fabricante de chips para PCs, disse que os seus rendimentos no primeiro trimestre ficarão em torno de 12,8 bilhões de dólares, abaixo dos 13,7 bilhões de dólares que tinha previsto antes. Entre as justificativas para esse resultado abaixo do esperado estão a demanda mais fraca do que a antecipada para PCs desktop corporativos e níveis abaixo do esperado na cadeia de fornecimento de computadores.
É esperado que sejam enviados cerca de 293 milhões de PCs neste ano, segundo a IDC. Em 2014, o mercado de PCs caiu em 0,8% no valor, para 201 bilhões de dólares, e deve cair em mais 6,9% em 2015, de acordo com a consultoria. Quedas menores são esperadas nos próximos anos até que o mercado atinja cerca de 175 bilhões de dólares em 2019.
A IDC cortou suas expectativas já que espera que o dólar americano mais forte torne os computadores mais caros em muitos países. A Microsoft também deve retirar os subsídios que estava oferecendo para os fabricantes de computadores Windows com o Bing como ferramenta de buscas padrão.
No entanto, é esperado um aumento do interesse dos consumidores na área no final do ano quando devem chegar ao mercado o novo sistema Windows 10 e a arquitetura de chips Skylake, da Intel.
A Intel culpou o enfraquecimento do mercado de PCs por uma compra mais lenta do que o esperado de PCs novos por pequenas e médias empresas que ainda estão “segurando” computadores rodando o já antigo Windows XP. A empresa também citou outras razões, incluindo condições macroeconômicas desafiadoras e condições das moedas, especialmente na Europa.
Anteriormente era esperado que o mercado de PCs fosse canibalizado pelos tablets. No entanto, no final das coisas, esses aparelhos também estão enfrentando um mercado bastante difícil por conta dos smartphones com telas maiores, conhecidos popularmente como phablets. As vendas globais de tablets devem alcançar 234,5 milhões de unidades em 2015, um crescimento de apenas 2,1% em relação ao ano passado, aponta a IDC.